O Estado de S. Paulo

Aliados de Cunha e Geddel ficam na pasta

- Igor Gadellha / BRASÍLIA

O novo ministro da Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), decidiu manter como seus assessores na pasta aliados do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do ex-deputado Eduardo Cunha, ambos do PMDB e atualmente presos no âmbito da Operação Lava Jato. Marun será empossado hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto, às 17 horas.

“Vamos manter com certeza o Carlos Henrique e tudo indica também a Ivani, que é uma pessoa da nossa estrita confiança”, disse Marun ao Estadão/Broadcast. Ele se referia a Carlos Henrique Sobral e Ivani dos Santos, chefe de gabinete e secretaria executiva da pasta, respectiva­mente. Os dois estão nos cargos desde maio de 2016, quando Geddel assumiu a Secretaria de Governo. Por pressão do PMDB, eles continuara­m nos postos mesmo na gestão de Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Sobral e Ivani trabalham com Geddel desde quando o peemedebis­ta era deputado federal. Os dois também assessoram Geddel quando ele foi nomeado ministro da Integração Nacional durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de deixar o governo, Ivani passou a trabalhar na liderança do PMDB na Câmara. Em 2015, quando Cunha assumiu a Presidênci­a da Casa, Sobral foi nomeado assessor especial.

A Secretaria de Governo é composta, além do gabinete do ministro, pela Secretaria executiva, por cinco secretaria­s setoriais (de Articulaçã­o Social, de Administra­ção, de Micro e Pequena Empresa, de Juventude e de Controle Interno), duas Subchefias (Assuntos Parlamenta­res e de Assuntos Federativo­s) e ainda pelo Escritório Especial em Altamira. Além de Ivani e Sobral, o presidente Michel Temer mantém outros aliados de Cunha no governo.

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