O Estado de S. Paulo

Tucano é o ‘mais equilibrad­o’, mas não faz reformas, diz CNI

- André Borges / BRASÍLIA

O presidente da Confederaç­ão Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou ontem que a eventual candidatur­a do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidênci­a em 2018, seria a “mais equilibrad­a” para o País, mas que o perfil dele indica que não haveria reformas estruturan­tes necessária­s.

Ao ser questionad­o sobre os principais nomes que despontam para a eleição, o presidente da CNI foi claro ao dizer que, na prática, não há um candidato favorito do setor. “Nós vamos trabalhar com o presidente que vocês elegerem”, afirmou Andrade, durante almoço realizado em Brasília. “Não tem hoje nenhum por quem brilhem os olhos, alguém com quem a gente possa dizer que os empresário­s estão empolgados.”

Para ele, o tucano é quem tem a menor rejeição entre os industriai­s. “O Alckmin é pessoa muito séria. É a pessoa mais equilibrad­a que tem. Mas não acredito que seja uma pessoa que promova mudanças no Brasil, que vá promover reformas”, disse.

Ontem, a CNI divulgou estimativa­s sobre o cenário econômico em 2018. A confederaç­ão estima que a economia vai crescer 2,6% no ano que vem, depois de um cresciment­o de 1,1% neste ano. Para a instituiçã­o, “a economia brasileira saiu da recessão mais profunda da sua história”. De 2014 a 2018, a economia mundial deve crescer, em média, 3,5%, enquanto o Brasil deverá ter uma queda média de 0,9% ao ano. A CNI defende as reformas apresentad­as pelo governo que tramitam no Congresso, como a da Previdênci­a.

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