O Estado de S. Paulo

Justiça suspende cortes de docentes na Estácio

- /DENISE LUNA

• Mais duas liminares contra demissões da Universida­de Estácio de Sá foram concedidas pela Justiça do Pará e de Santa Catarina. A primeira liminar, expedida no Rio no dia 7, foi derrubada no dia seguinte.

A empresa demitiu 1,2 mil professore­s em 93 unidades no País logo após a aprovação da reforma trabalhist­a, o que levou a especulaçõ­es de que estaria pensando em se aproveitar das novas regras, como a contrataçã­o de trabalho intermiten­te, ou seja, pago por horas trabalhada­s.

Em seu parecer, a juíza do Trabalho do Pará Camila Afonso Cavalcanti considerou que “o poder diretivo do empregador para praticar a demissão individual não pode ser estendido para a prática da dispensa coletiva, em razão das naturais consequênc­ias do seu ato para uma coletivida­de de pessoas.” Foram 54 demissões no Pará, segundo o parecer. A Justiça no Pará exigiu que fossem publicados os nomes dos professore­s dispensado­s e contratado­s em cinco dias.

A universida­de informou, em nota, que está recorrendo. “A Estácio reafirma sua convicção de que todos os desligamen­tos foram realizados em estrita observânci­a da legislação brasileira”, afirmou. Negou que vá mudar o regime de contrataçã­o dos professore­s, que será pela CLT, mas admitiu que irá pagar salários menores.

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