STJD aumenta punição da Ponte Preta

Invasão da torcida no Brasileirão obriga clube a atuar com portões fechados em seis jogos da Série B de 2018

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) rejeitou ontem o recurso da Ponte Preta que tentava diminuir a punição de cinco jogos sem torcida imposta pela invasão de campo na última rodada do Campeonato Brasileiro. Além disso, o órgão aumentou a pena para seis jogos a serem disputados com portões fechados.

A procuradoria do STJD classificou o incidente no estádio Moisés Lucarelli como um episódio de alta gravidade. Com a decisão em segunda instância, os advogados não podem mais entrar com recurso. O cumprimento será apenas na Série B do Campeonato Brasileiro.

Mesmo com a decisão do STJD de ampliar a punição, a pena acabou sendo branda. O time Campinas corria o risco de pegar até 30 jogos de suspensão (perda de mando ou jogar com os portões fechados). A multa foi reduzida que passou de R$ 30 mil para R$ 20 mil.

Os advogados argumentaram que o clube conseguiu identificar os invasores e que não houve feridos no episódio de Campinas.

No Campeonato Paulista e na Copa do Brasil, a Ponte Preta poderá utilizar o Moisés Lucarelli. No momento, o estádio está interditado pelo STJD, que exigiu que fossem feitos ajustes de segurança. O clube já iniciou as obras e vai depender de uma vistoria da CBF para voltar a utilizá-lo no torneio estadual.

No jogo que causou a punição, torcedores quebraram o alambrado e invadiram o gramado do estádio pouco tempo depois do Vitória marcar o terceiro gol e deixar o placar no 3 a 2. Os jogadores correram para o vestiário. Apenas o goleiro Aranha ficou no gramado. Depois de uma longa paralisação, o jogo foi encerrado com vitória baiana, resultado que rebaixou o time de Campinas para a Série B de 2018.