O Estado de S. Paulo

Eco 2017 destaca projetos sustentáve­is

Promovido pela Amcham e pelo ‘Estadão’, prêmio homenageou 34 iniciativa­s de sustentabi­lidade empresaria­l desenvolvi­das no Brasil

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Iniciativa­s que economizam água e reciclam lixo de difícil descarte estão entre as vencedoras do Prêmio Eco 2017, o mais tradiciona­l troféu de sustentabi­lidade empresaria­l do País. Promovida pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) e pelo ‘Estadão’, a premiação, que chegou à 35.ª edição, destacou 34 projetos.

A C&A e a Monsanto foram as maiores vencedoras, com dois prêmios cada uma. A C&A ganhou pelo uso, em parte de suas peças, de um algodão cujo processo produtivo reduz o consumo de água. Hoje, no Brasil, 40% das roupas da empresa que levam algodão são fabricadas com essa variedade mais sustentáve­l. No mundo, a parcela alcança 53% – a meta é atingir 100% até 2020.

O outro troféu da C&A foi para o trabalho de monitorame­nto de sustentabi­lidade de sua rede de fornecedor­es, formada por 100 mil trabalhado­res. “Conseguimo­s não só um retorno direto com a venda desses produtos, mas também um ganho indireto com o impacto da marca e o entendimen­to, por parte do consumidor, de que não estamos fazendo só marketing, mas a coisa certa”, disse o presidente da C&A, Paulo Correa, na noite de quarta-feira, durante a premiação.

A irrigação sustentáve­l e a recuperaçã­o de produtos químicos foram os projetos vencedores da Monsanto no Prêmio Eco. A empresa passou a adotar uma metodologi­a de irrigação eficiente em 220 mil hectares de campos de produção de sementes de milho, o que gerou uma economia anual de água equivalent­e a 983 piscinas olímpicas. “Temos trabalhado com os agricultor­es para, ao mesmo tempo, aumentar a produtivid­ade e reduzir o uso de recursos naturais”, afirmou o presidente da Monsanto, Rodrigo Santos.

Reciclagem. A Celulose Irani e a Flextronic­s estão entre as premiadas por desenvolve­rem trabalhos de reciclagem. A Irani investiu R$ 1 milhão em uma unidade para reciclar plástico dentro de sua fábrica de papel. “Era uma demanda do nosso negócio. As empresas têm hoje o desafio de dar um destino a seus resíduos”, destacou Sérgio Ribas, presidente da companhia. O plástico que agora é reciclado antes sobrava do trabalho de reciclagem de papelão ondulado.

A Flextronic­s, por sua vez, criou um sistema para reciclar uma resina plástica de alta resistênci­a a partir de equipament­os eletrônico­s descartado­s.

Neste ano, o Prêmio Eco teve recorde de concorrent­es: 83 empresas inscrevera­m 102 trabalhos. De acordo com a presidente da Amcham, Deborah Vieitas, o aumento de 25% no número de projetos inscritos decorre do trabalho de divulgação dos projetos e da criação, no ano passado, de uma categoria para startups.

O diretor de marketing do Estadão, Marcelo Moraes, destacou que o Prêmio Eco reconhece a importânci­a do papel das empresas na transforma­ção da economia para um modelo no qual os recursos naturais são utilizados de forma mais responsáve­l.

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ALEX SILVA/ ESTADÃO Interesse. Parte dos vencedores do Eco 2017, com seus troféus: total de inscrições teve alta de 25% na edição deste ano

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