Para PT, ‘jogo’ não acaba em 24 de janeiro
A cúpula petista fez um esforço ontem, no início da reunião do diretório nacional da legenda, em São Paulo, para tentar acalmar o partido diante da decisão do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) de marcar para o dia 24 de janeiro o julgamento do processo que pode tornar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inelegível.
Com ajuda de advogados que fizeram explanação ao diretório, o PT tenta emplacar a narrativa segundo a qual o processo criminal no qual Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão e o da inelegibilidade são procedimentos jurídicos de trâmites distintos. A viabilidade eleitoral de Lula só começa a ser debatida a partir de 15 de agosto de 2018, quando encerra o prazo para inscrição das candidaturas na Justiça Eleitoral.
A direção petista tenta evitar especulações sobre um possível plano “B” caso Lula seja barrado pela Justiça. Além disso, busca conter insatisfações internas em função das dificuldades de articulação de alianças regionais causadas pela insegurança em relação à candidatura e ganhar tempo com possíveis aliados assustados com a marcação da data para o julgamento do petista. “Só para deixar claro, não estamos discutindo alternativas. Nosso candidato é Lula e não temos plano ‘B’”, disse a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).