Soldados israelenses matam 4 palestinos, entre eles 1 cadeirante
Decisão de Trump sobre Jerusalém motiva novos protestos; Israel alega que 16 foguetes partiram de Gaza em 9 dias
Confrontos entre palestinos e soldados israelenses terminaram ontem com quatro manifestantes mortos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, segundo o Ministério da Saúde palestino. De acordo com o governo de Israel, os palestinos de Gaza lançaram 16 foguetes em 9 dias contra o território israelense. Eles não deixaram vítimas.
Embora a decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel não tenha provocado a onda de violência convocada pelo grupo radical islâmico Hamas, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram ontem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada ao fim da oração semanal.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, havia pedido uma terceira intifada (levante palestino) após o anúncio de Trump. Uma parte dos manifestantes entrou em confronto com soldados e policiais israelenses, que responderam às pedradas de jovens palestinos com disparos de munição letal, balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo, nas cidades de Ramallah, Belém, Hebron, na região de Qalandyia e perto de Nablus, na Cisjordânia.
Em Gaza, centenas de palestinos desafiaram as forças israelenses aos pés da barreira que fecha a fronteira. Soldados israelenses mataram a tiros dois deles, Yaser Sokar, de 32 anos, e o cadeirante Ibrahim Abu Thurayeh, de 29. Em Anata, localizada entre Cisjordânia e Jerusalém, um terceiro manifestante palestino, Basel I., de 24 anos, morreu por fogo israelense. Outros 145 palestinos ficaram feridos, 5 em estado grave.
Na saída de Ramallah, Mohamed Aqal, de 29 anos, morreu ao levar três tiros de policiais israelenses, que ele havia atacado. Ele levava um falso cinturão de explosivos. Em Jerusalém também ocorreram confrontos na Cidade Velha.