O NOVO ASTRO DA CONSTELAÇÃO AZUL
Atacante é o segundo mais caro da história
Ofenômeno Kylian Mbappé é o principal expoente de uma geração talentosa e promissora de jogadores que tem mudado o mercado da bola com transações por valores astronômicos nunca vistos antes na história do futebol francês. Aos 18 anos, artilheiro e campeão francês na última temporada, o garoto trocou o Monaco pelo Paris Saint-Germain em agosto por ¤ 180 milhões (R$ 692 milhões) e passou a ser o segundo atleta mais caro da história, atrás apenas de Neymar – devido às limitações do “Fair Play Financeiro”, ele está emprestado ao PSG, mas, ao término desta temporada, o clube parisiense depositará o montante ao Monaco.
Mbappé não é exceção neste novo capítulo do futebol francês. Entre as maiores transações da última janela de transferências, outros cinco colegas do país estão na lista: os também atacantes Ousmane Dembélé e Lacazette, o meia Tolisso, o lateral-direito Mendy e o volante Bakayoko. Todos custaram ao menos ¤ 40 milhões (R$ 153 milhões) e estão em clubes de primeira linha na Europa.
Mas, entre as novas estrelas da França, a mais reluzente é mesmo Mbappé. É no seu futebol inventivo que o técnico Didier Deschamps confia para derrubar os adversários no Mundial da Rússia. Formado nas categorias de base do Monaco, desde cedo o atacante se destaca pela visão de jogo privilegiada e faro de gol. Não à toa, ele fez sua estreia no time profissional do Monaco em 2015, com apenas 16 anos, quebrando a marca do ídolo Thierry Henry, que disputou a primeira partida no clube em 1994, com 17 anos.
Arisco e abusado, Mbappé se aproveitou da fragilidade dos rivais nos gramados da França e passou a enfileirar gols. Assim, ganhou fama e logo chamou atenção de clubes como Arsenal, Real Madrid, Barcelona, Manchester City e Liverpool. O estrelato definitivo veio na temporada passada, quando quebrou a hegemonia do PSG e levou o Monaco ao título do Campeonato Francês, algo que a equipe não conquistava desde 2000.
Mbappé também fez história nas categorias de base da seleção francesa ao conquistar o Campeonato Europeu sub-19 em 2016. Este ano, ele foi convocado pela primeira vez pelo técnico Deschamps e já “cavou” o seu lugar na seleção ao lado de jogadores consagrados com Pogba e Griezmann.
Em nove jogos até agora, o garoto fez duas assistências e um gol. Até por causa da inexperiência internacional, é criticado às vezes por desperdiçar lances teoricamente fáceis para um jogador com o seu talento. Seu futuro é promissor. Este ano, ele já faturou o prêmio Golden Boy, dado a atletas com menos de 21 anos, e foi apontado por nada menos do que Lionel Messi como possível melhor do mundo num futuro próximo. Nada mal para um garoto de apenas 18 anos, que ainda gosta de aproveitar os dias de folga para se divertir na Disneylândia.