O Estado de S. Paulo

COB faz novo corte e demite gerente-geral

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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) continua firme em seu processo de cortes de pessoal e reestrutur­ação desde que Paulo Wanderley assumiu como presidente. Ontem, Edgar Hubner, gerente-geral de juventude e infraestru­tura, foi demitido de seu cargo. “O COB passa por um processo de reestrutur­ação administra­tiva e financeira, e a redução de custos envolve o corte de pessoal”, disse a entidade.

Hubner recebia quase R$ 47 mil por mês e era um dos salários mais altos da entidade, ainda mais depois da saída de todos os diretores, que ganhavam altas cifras. Até o momento, foram realizadas mais de 30 demissões no COB e o processo não vai parar por aí. O próprio presidente já avisou que isso será uma prioridade neste momento, mas evita dar números de profission­ais que vão sair.

No início do mês, Bernard Rajzman, que era diretor de relações institucio­nais e é o único brasileiro membro do COI (Comitê Olímpico Internacio­nal), foi demitido. Antes, saíram Augusto Heleno, que comandava o Instituto Olímpico, Sérgio Lobo, secretário-geral e diretor financeiro, e Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes.

A ordem do novo presidente é fazer esses cortes em todos os setores, mas o impacto maior na folha salarial está ocorrendo com os profission­ais que ganham salários acima dos R$ 30 mil. Ainda existem dirigentes bem pagos e cada caso está sendo avaliado separadame­nte, pois a ideia não é prejudicar o funcioname­nto da entidade.

No fim de outubro, em entrevista ao Estado, Paulo Wanderley afirmou que a entidade passaria por contenção de despesas e que “fatalmente” haveria mudanças em seu quadro. Ao que tudo indica, nas próximas semanas novos cortes deverão ser promovidos.

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