O Estado de S. Paulo

Sete empresas preparam abertura de capital na B3

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Oano de 2017 terminou bem em se tratando de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). É o melhor exercício desde 2009, com um giro de mais de R$ 40 bilhões. Mas o início de 2018 ainda promete, apesar do atraso na reforma da Previdênci­a. Pelo menos sete empresas estão preparando a documentaç­ão para entrar com pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliário­s (CVM) e realizarem IPO até o fim de janeiro. A expectativ­a é abrir o capital entre abril e maio, antes da volatilida­de do período eleitoral. Neste ano, o marco dos IPOs na B3 foi a estreia da BR Distribuid­ora, que rendeu cerca de R$ 5 bilhões à Petrobrás. Foi a maior abertura de capital na Bolsa brasileira desde 2013 e ajudou a direcionar a atenção dos investidor­es estrangeir­os para o Brasil.

» Lá fora. O Itaú Unibanco começa a implantar o modelo de agências digitais também em sua operação internacio­nal. O primeiro destino escolhido é o Uruguai. Na mira, estão cerca de 5.000 clientes que passarão a ser atendidos pelo novo modelo. Atualmente, o Itaú conta com 25 agências físicas e postos de atendiment­o no Uruguai.

» Remotos. Cerca de 80% das transações bancárias do banco já são feitas por internet ou mobile banking. Criadas em 2014, as agências digitais do Itaú atendem a mais de dois milhões de clientes no Brasil. Ao fim de setembro, essa “rede” somava 156 unidades. Enquanto para o cliente, o modelo permite atendiment­o em horário estendido, para os bancos as agências digitais trazem mais eficiência e redução de custos.

» Luta, sim! Questões de diferença de gênero estão sendo colocadas sob os holofotes, mas ainda têm trazido poucas mudanças práticas pelo menos quando se trata de salários. Pesquisa realizada pelo banco americano BNY Mellon aponta que a diferença salarial em áreas de relações com investidor­es em países desenvolvi­dos é da ordem de 30% entre homens e mulheres. Nos países emergentes, esse diferencia­l sobe para 60%.

» Para frente. Pouco mais de um ano da parceria com a adquirente holandesa Adyen, que está focada no e-commerce, o BS2 vai expandir presença para o mercado físico de adquirênci­a no primeiro trimestre de 2018. A pretensão do BS2, novo nome do Banco Bonsucesso, é superar 1% de participaç­ão de mercado já no primeiro ano de operação. Mas como essa indústria é de grande concorrênc­ia e, de gigantes como Cielo, Rede e GetNet, a estratégia é marcar presença por meio de parcerias comerciais e segmentos diferencia­dos.

» Parceiros. A holandesa não fará parte dessa estratégia. De toda a forma, o BS2 pretende buscar um parceiro investidor mais adiante, para fazer o negócio crescer. Por enquanto, a entrada na adquirênci­a acontece com recursos próprios.

» Novo banco. A operação de meios de pagamento, o negócio de câmbio e de empréstimo­s para empresas são os pilares do BS2 em sua nova fase. O banco tem 25 anos e em 2014 vendeu 60% do segmento de crédito consignado ao Santander. A operação representa­va 85% das receitas do então Bonsucesso.

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FERNANDA GUIMARAES/ESTADÃO CONTEÚDO Gilson Finkelszta­in, Ivan de Sá e Pedro Parente, na estreia da BR Distribuid­ora na Bolsa
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PILAR OLIVARES/REUTERS

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