O Estado de S. Paulo

Carros que foram batizados com nomes de pilotos de corrida

Além da McLaren, com o Senna, outras marcas já homenagear­am campeões das pistas no nome de seus veículos

- Rafaela Borges

A McLaren homenageou o tricampeão Ayrton Senna no batismo de seu novo superespor­tivo. Em vez do esperado P15, a marca chamou o carro de Senna. Porém, batizar carros com nomes de pilotos de corrida não é algo comum, apesar da ligação entre eles, as montadoras e o mundo da velocidade.

Aliás, esta é uma das primeiras vezes em que um carro tem o nome de um grande piloto. Geralmente, a homenagem está no sobrenome do automóvel. No Brasil, há alguns exemplos dessa prática – a maioria em veículos da Chevrolet.

Emerson Fittipaldi, por exemplo, já foi homenagead­o duas vezes pela montadora. A Chevrolet criou o Monza Fittipaldi (ou Monza Classic 500 EF) e o Omega Fittipaldi.

O Monza era uma série especial.

O modelo foi lançado em 1989, com o objetivo de celebrar a vitória de Fittipaldi na 500 Milhas de Indianápol­is, corrida nos Estados Unidos.

Já Omega Fittipaldi não era versão, e sim o carro. Foi assim que a Chevrolet batizou a geração do sedã lançada aqui em 2010. Também da montadora americana, houve duas versões dedicadas ao tricampeão Nelson Piquet. A marca já vendeu o Corsa Piquet e o Celta Piquet.

Fórmula 1. Entre as montadoras que atuam (ou atuaram) na principal categoria do automobili­smo, além da McLaren, Mercedes e Infiniti fizeram homenagens a pilotos. Já a Fiat, que era dona da Ferrari (a montadora de esportivos não faz mais parte da FCA), decidiu usar o nome de um piloto da escuderia em um carro no Brasil.

Em 2004, a montadora lançou aqui o Stilo Schumacher, em homenagem ao maior campeão da história da Fórmula 1. No Salão do Automóvel daquele ano, Michael, que estava aqui para participar do GP do Brasil, assinou um exemplar do Stilo que levava seu nome.

O modelo tinha apelo visual esportivo, mas usava o motor 1.8 que era carro-chefe da linha. Por aqui, o Stilo até teve versão mais potente, a Abarth, com propulsor 2.4.

O Stilo Schumacher foi lançado em série de 500 unidades, todas na cor vermelha. O preço era de R$ 62,5 mil. Em 2006, o carro ganhou reedição, trazendo também a cor amarela.

A Infiniti, durante alguns anos, deu seu nome a uma equipe de Fórmula 1. O time se chamava Infiniti Red Bull.

O uso do nome da marca de luxo da Nissan na equipe que então dominava a F1 era parte do acordo do time com sua fornecedor­a de motores, a Renault. A Nissan faz parte do Grupo Renault. Aproveitan­do a parceria, a Infiniti lançou, em 2012, o crossover FX Vettel Edition.

À época, Sebastian Vettel, então na Red Bull (e hoje na Ferrari), era bicampeão da F1. Depois, ganharia mais dois títulos, o de 2012 e o de 2013 – ambos pela equipe austríaca.

Já a Mercedes-Benz homenageou uma das lendas do automobili­smo em uma série especial do SLR McLaren. A marca lançou o SLR Stirling Moss.

Raríssimo, o carro teve 75 unidades produzidas, para marcar o fim da fabricação do emblemátic­o superespor­tivo.

O roadster lançado em 2009 tem motor 5.5 que gera 650 cv de potência. Sua velocidade máxima é de 335 km/h, de acordo com a fabricante.

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HELVIO ROMERO/ESTADÃO Fiat. Stilo Schumacher foi assinado pelo piloto alemão (E) no Salão do Automóvel de 2004
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CHEVROLET Chevrolet. Sedã lançado aqui em 2010 era Omega Fittipaldi
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Esportivo. Senna é o novo topo de linha da McLaren
 ??  ?? Mito. SLR Stirling Moss foi série final desse Mercedes
Mito. SLR Stirling Moss foi série final desse Mercedes

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