Gestão de carreira
Aproxima-se o final de mais um ano que, para muitos analistas do mundo dos negócios, deveria ser esquecido. Não penso assim, pois entendo que as lições de 2017 devem ajudar (e muito) nas projeções do próximo ano. Embora haja indicação de melhoria da atividade econômica, 2018 deverá ser um ano extremamente desafiador para empresas e profissionais, pois será ano de eleições e de Capa do Mundo, além de prometer muitas votações polêmicas, como a reforma da previdência e a reforma tributária. Portanto, as projeções devem ser muito bem elaboradas e considerar diferentes cenários nos próximos meses.
Recomendação. Para os profissionais empregados (e desempregados), recomendo um Plano de Ação Profissional, que lhes permita (re) pensar a carreira diante das mais variadas possibilidades: retomada da economia e perspectivas melhores em determinados setores; novas ofertas de trabalho intermitente; reestruturações; novos modelos de negócios; entre outras.
Minha recomendação corrobora a visão do professor Joel Dutra, autor do livro Gestão De Carreiras - A Pessoa, A Organização E As Oportunidades (ed. GEN/Atlas) e uma das principais referências no assunto, “o principal benefício do planejamento da carreira é a possibilidade que a pessoa passa a ter de antecipar bloqueios, desvios ou armadilhas profissionais.
O outro benefício é uma preparação prévia para criar ou estar preparado para oportunidades que surgem”. O planejamento também é muito indicado para aqueles que pensam em transição profissional (mudar de empresa, mudar de carreira, mudar de área, empreender etc.), a fim de evitar decisões impensadas e frustrações futuras.
Vocação. Em alguns casos procurar a ajuda de um especialista em Carreiras (Career Coaching) pode facilitar o processo, já que não é fácil passar por uma transição de carreira, mas existem várias maneiras de tornar a jornada menos dolorosa, como afirma o coaching profissional Esteban Ferrari. Segundo esse especialista, “quando a mudança é bem sucedida, as pessoas encontram um trabalho mais alinhado com quem elas realmente são. Terminam encontrando a si próprias, tornando-se mais elas mesmas. Com isso, se sentem mais realizadas e felizes.” Agora, para quem está fazendo a primeira escolha por uma profissão ou por uma carreira, sugiro a prática do autoconhecimento, um exercício que permite examinar as próprias competências; e não decidir por uma carreira apenas pelo status, ou apenas por um salário atrativo, além de mapear oportunidades profissionais alinhadas com os próprios valores.