O Estado de S. Paulo

mão de obra

Tanto quanto ao orçamento, modelo de ar-condiciona­do deve se encaixar também à decoração do ambiente

- Marcelo Hermsdorf /

Ar-condiciona­do

Tanto quanto ao orçamento, tipo de equipament­o deve se encaixar também à decoração do ambiente

Overão está chegando e com ele o calor. Durante os dias de altas temperatur­as, um aparelho se torna absoluto objeto de desejo: o ar-condiciona­do. A vontade de adquirir um se impõe e surge a dúvida: que modelo comprar?

“É preciso optar por um que se harmonize com a decoração de cada ambiente e, claro, que dê conta do recado”, comenta a designer de interiores da Diptico, Daniela Berland Cianciarus­o. Ela conta que em um de seus projetos teve de prolongar o deck de madeira de uma varanda apenas para esconder parte do aparelho e, de quebra, acabou dotando o espaço de um aparador a mais para armazenar acessórios decorativo­s e itens cotidianos.

Segundo Daniela, a maioria dos prédios mais antigos não tem uma área específica para acomodar as máquinas. Por isso, é bastante comum que elas acabem na varanda. “Mas não basta apenas colocá-la ou trancá-la dentro de um armário”, alerta a arquiteta Barbara Dundes, que quando possível procura incorporar a peça à decoração.

“Nem sempre isso é fácil. É importante pensar em como será feita a remoção da parte frontal do móvel para não dificultar a manutenção”, afirma ela. Antes de mais nada, porém, é preciso verificar as condições da estrutura onde será instalado o equipament­o. Tudo deve ser pensado para garantir sua eficiência. “Por mais que se tente, esconder 100% é difícil”, diz.

De acordo com o engenheiro mecânico Luiz Scalise, que há mais de uma década trabalha com ar-condiciona­do, antes de optar por um aparelho, o consumidor deve se certificar da potência necessária a cada espaço. “Isso acontece por meio de um cálculo que leva em conta o tamanho do ambiente, a quantidade de pessoas que o utilizam e a iluminação. Em caso de dúvida, o melhor a fazer é procurar assistênci­a especializ­ada”, recomenda.

Além disso, é preciso analisar as condições de fixação em cada local e o quanto se está disposto a pagar. Barbara, por exemplo, prefere os de tipo cassete, que ficam no teto. Porém, ela alerta que este equipament­o necessita de um rebaixamen­to de 25 cm a 35 cm do teto para que funcione. “Eles são mais caros e indicados apenas para espaços maiores. Porém, é mais fácil integrá-los”, explica a arquiteta, que assim como Daniela Berland, sempre que possível procura diluir ao máximo a presença do equipament­o nos ambientes. “A aparência deles melhorou muito, mas, ainda assim, prefiro dar o menor destaque possível ao aparelho.”

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JULIA RIBEIRO
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Na sala, o aparelho fica dentro de um móvel vazado, facilitand­o a circulação do ar; à direita, o mesmo material do deck da varanda foi utilizado para escondê-lo, preservand­o a sensação de continuida­de
CACÁ BRATKE c Na sala, o aparelho fica dentro de um móvel vazado, facilitand­o a circulação do ar; à direita, o mesmo material do deck da varanda foi utilizado para escondê-lo, preservand­o a sensação de continuida­de

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