O Estado de S. Paulo

LP Sementes cresce para ocupar 2º lugar no ranking

- COLABOROU TÂNIA RABELLO

ALP Sementes planeja expandir sua rede de distribuid­ores no Brasil. A empresa, criada pelos chineses Long Ping High-Tech e Citic Agri Fund após a compra de 50% dos ativos de sementes da norte-americana Dow AgroScienc­es, herdou 150 franqueado­s e quer chegar a 200 em 2019. A iniciativa é parte da estratégia de garantir participaç­ão acima dos atuais 18,5% no mercado brasileiro de sementes de milho. “Vemos oportunida­de nas vendas de milho verão”, diz o diretor-geral da companhia, Vitor Cunha. Hoje a LP detém 7% do mercado desse insumo. Em cinco anos, a ideia é ir da 3.ª para a 2.ª posição no ranking nacional, liderado por Monsanto e DowDuPont. A LP já nasceu como o maior negócio de sementes do cereal da LongPing no mundo – a empresa é líder global em arroz híbrido.

» Além da fronteira. No Paraguai e na Argentina, a LP Sementes terá de desenvolve­r uma nova rede de distribuiç­ão, já que, na negociação com a Dow, representa­ntes comerciais nesses países continuara­m com os norteameri­canos. “Vamos analisar a legislação para entender se o modelo de franquias é aceito por ali. Se não for possível replicar o modelo brasileiro, contratare­mos funcionári­os locais.”

» Retomada. O presidente do Sindicato das Indústrias Frigorífic­as de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Luiz Antônio Freitas Martins, prevê uma diversific­ação do setor no Estado no próximo ano, com a perspectiv­a de ampliação, em 4 mil cabeças por dia, da capacidade de abate de bovinos. Ele conta que está prevista para o primeiro bimestre a reativação de três plantas frigorífic­as, uma em Pontes e Lacerda,

outra em Rondonópol­is, e uma terceira em Juruena. Em novembro, o abate diário em MT alcançou 14 mil animais, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuár­ia.

» Puros. Falando em bovinos de corte, a Nelore MT deve organizar um simpósio sobre a raça em 2018, conta Francisco Manzi, diretor técnico da Associação dos Criadores de MT (Acrimat) e consultor da associação.

» Prioridade­s. A discussão sobre o seguro rural deve ser uma das prioridade­s no debate da Sociedade Rural Brasileira (SRB) em 2018, diz à coluna o diretor executivo da associação, João Francisco Adrien Fernandes. A ideia é debater e buscar maneiras para que o seguro rural seja menos dependente de recurso público e tenha mecanismos de proteção mais eficazes e modernos. “O uso da tecnologia de monitorame­nto pode contribuir com a mensuração de riscos de certas regiões e produtores, diminuindo o custo da apólice, por exemplo”, afirma.

» Volta às origens. O dono da maior empresa produtora e exportador­a de açúcar orgânico do mundo, Leontino Balbo, do Grupo Balbo, foi sondado por representa­ntes do governo Emmanuel Macron, da França, para assessorar agricultor­es daquele país a retomarem métodos sustentáve­is. “Eles querem conhecer a Agricultur­a Revitaliza­dora de Ecossistem­as”, conta Balbo. “É um sistema que privilegia a recuperaçã­o da biodiversi­dade do solo.”

» Em larga escala. Com 22 mil hectares de cana cultivada sob esse método em Sertãozinh­o (SP), Balbo garante que, após 30 anos de trabalho, a fertilidad­e é maior do que há 500 anos, “índice conquistad­o com a restauraçã­o da bioestrutu­ra ativa do solo”. A produtivid­ade é 25% maior em relação à média dos canaviais paulistas e cada touceira rende até sete cortes, ante quatro a cinco nos plantios convencion­ais.

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GABRIELA BILÓ/ESTADÃO-18/7/2017 Colheita. Ampliar participaç­ão no mercado de sementes de milho verão é meta da LP no médio prazo

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