O Estado de S. Paulo

Troca na 2ª Turma do STF preocupa advogados

- COM NAIRA TRINDADE, LEONEL ROCHA E RAFAEL MORAES MOURA. COLABOROU LU AIKO OTTA ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Advogados de políticos na mira da Lava Jato querem acelerar o julgamento de seus clientes na 2.ª Turma do STF. Criminalis­tas avaliam que, a partir de setembro, com a saída do ministro Dias Toffoli do colegiado e a entrada no lugar dele da ministra Cármen Lúcia, aumentam os riscos de condenação de investigad­os. Toffoli é considerad­o um ministro com posição mais favorável aos réus, enquanto Cármen é tida como mais dura e sensível à opinião pública nos casos de corrupção, posição mais alinhada com o relator da Lava Jato, Edson Fachin.

» 7 a 1. Ao longo deste ano, Fachin sofreu sucessivas derrotas na 2.ª Turma do Supremo, que tem Gilmar Mendes, Toffoli e Ricardo Lewandowsk­i mais afinados nas críticas à Lava Jato. O isolamento é quebrado, eventualme­nte, com o voto de Celso de Mello.

» Passando o bastão. Toffoli deixa a 2.ª Turma em setembro, quando assume a presidênci­a do Supremo no lugar de Cármen Lúcia.

» Vai tarde. O pedido de demissão do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, não causou reações no Planalto. Ele era considerad­o pouco atuante e, dizem, não deixará saudades.

» Próxima pergunta. Indagado se vai se empenhar na aprovação da reforma da Previdênci­a, o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), que assume na próxima quinta-feira o Ministério do Trabalho, desconvers­a: “Vamos deixar pra lá….”

» Indignação. Ao recorrer ao Supremo para contestar o indulto de Natal concedido pelo presidente Michel Temer, a procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, mencionou 15 vezes a palavra “impunidade” e sete vezes “corrupção”.

» Me tira dessa. O ministro Henrique Meirelles tem reafirmado que não foi uma decisão pessoal vetar ajuda financeira ao RN, governado por seu colega de partido, Robson Faria. Pré-candidato ao Planalto, não quer problemas com o PSD.

» Pode não. A negativa da equipe econômica veio após o Ministério Público junto ao TCU enviar recomendaç­ão para sustar a transação, que poderia ser enquadrada como crime de responsabi­lidade.

» Para depois. A duplicação da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, vai ficar no papel até que o Brasil tenha condições de retomar a obra. O Paraguai propõe construir outra menor e mais barata. O governo brasileiro avalia.

» Tem pra hoje. Sobre a decisão do STF de soltar Henrique Pizzolato, o procurador Vladmir Aras, que atuou pela extradição dele ao Brasil, resigna-se. “Consideran­do os remanescen­tes do mensalão, até que ele cumpriu muito da pena.”

» CLICK. Ronaldo Nogueira, que deixa o Ministério do Trabalho dizendo que irá se dedicar à campanha de deputado, recebe bênção de pastor, que pede por sua reeleição.

» Sem freios. Num dos últimos discursos que fez na Comissão de Constituiç­ão e Justiça da Câmara, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) se definiu como “um homem polêmico”, que “fala o que pensa” e tem “orgulho disso”. Para arrematar: “Eu falo na cara”.

» Apoio. Preso desde o dia 20, Maluf fez a observação ao defender Michel Temer das denúncias da PGR. O deputado teve neste ano pelo menos seis audiências no Planalto com o presidente, de quem afirmou ser amigo “há 30 anos”.

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