XP negocia empréstimo de US$ 150 mi com a IFC
AXP Investimentos negocia com o braço de investimento do Banco Mundial, a International Finance Corporation (IFC), um empréstimo de até US$ 150 milhões. Os recursos serão destinados para expansão da base de clientes da instituição, que tem entre seus principais novos projetos a criação de um banco e de uma seguradora. Atualmente, a XP, presidida por Guilherme Benchimol, tem cerca de 450 mil clientes plugados em sua plataforma. A aquisição de quase metade da empresa pelo Itaú Unibanco provocou uma corrida de outras corretoras para se posicionar no mercado de plataformas independentes de investimento. Em contrapartida, a própria XP se movimenta para não perder espaço, fazendo uma série de investimentos internos e de olho em startups, sem prever grandes aquisições. Isso porque ainda aguarda aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para o negócio com o Itaú, um caso já colocado como complexo pelo regulador. Procurada, a XP não comentou.
» Faísca. A postura de representantes da AES na Eletropaulo desagrada acionistas minoritários, que reclamam estar só no papel a migração da companhia para o Novo Mercado, segmento de mais elevadas práticas de governança corporativa da B3, e sua transformação em “corporação”. Uma reclamação formal foi encaminhada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) criticando o “duplo chapéu” desses representantes, como administradores da empresa e representantes do controlador no conselho de administração, além da falta de equidade com os demais acionistas.
» Dança de cadeiras. A insatisfação se deu após a AES, com cerca de 17% da Eletropaulo, sugerir a convocação de uma assembleia extraordinária (AGE) de acionistas para votar a antecipação da nova composição do conselho de administração da distribuidora, com a redução do número de conselheiros de 11 para nove, e encerramento do mandato dos suplentes, embora houvesse prazo até abril para que isso ocorresse. A AES sugere que a antecipação deveria se dar com a permanência de seis conselheiros, dos quais dois independentes, para garantir estabilidade à administração, e substituição em três cadeiras.
» Ressaca. A AGE foi marcada para 2 de janeiro, apesar do voto contrário dado por três conselheiros, e pode ser suspensa, a depender do entendimento da CVM. A reunião também deve votar alterações no estatuto, como a que, a critério do Conselho, possa ser realizada emissão de ações, sem direito de preferência ou com redução do prazo. Procurada, a AES informou que não comenta deliberações de seus conselheiros de administração ou acionistas, mas afirmou que sua diretoria executiva cumpre o que dispõe a regulamentação, no que diz respeito a não privilegiar um acionista em detrimento do outro.
» Audaciosa. A PagSeguro, empresa de meios de pagamento do UOL, deve ser protagonista da maior oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de um ativo brasileiro em 2018. O lançamento ocorrerá exclusivamente na Bolsa de Nova York e sequer foi cogitada uma oferta no Brasil. A explicação é que por lá há mais interesse dos investidores por empresas de tecnologia, além do fato de as companhias comparáveis estarem listadas fora do Brasil.
» Conectados. A população de São Paulo tem usado cada vez mais os aplicativos de mobilidade. Pesquisa da Quantas Pesquisas e Estudos de Mercado, a pedido da Cabify, aponta que 76% dos entrevistados são usuários exclusivos de aplicativos, entre os carros privados e os de táxis. O restante prefere pontos ou pegar os táxis nas ruas.