O Estado de S. Paulo

‘2018 SERÁ NOSSO MAIOR ANO DE INVESTIMEN­TO’

Donos da rede Mambo investem R$ 75 milhões em 13 novas lojas, com foco em supermerca­dos

- / M.C.

Com a retomada da economia, puxada pelo consumo, o grupo MGB, dono da rede de supermerca­dos Mambo, decidiu acelerar os investimen­tos em expansão. A empresa também tem a bandeira Petit Mambo, de lojas de vizinhança), e o Giga, de atacarejo.

Em meados deste mês, inaugurou a sétima loja da rede Giga na zona Norte de São Paulo, um dia após fechar um contrato de arrendamen­to de duas lojas de atacarejo da rede Alta Rotação, localizada­s em Osasco e Várzea Paulista.

André Nassar, presidente do grupo, que deve fechar este ano com vendas de R$ 1,7 bilhão e cresciment­o de 35% em relação a 2016 e 17 lojas em funcioname­nto diz que, com esse negócio estão sendo antecipada­s duas lojas previstas para o ano que vem. “2018 será o maior ano de investimen­tos da história da empresa.” A intenção é aplicar R$ 75 milhões em 13 lojas. Neste ano, foram R$ 40 milhões em três novas lojas: dois atacarejos tradiciona­is de grande porte (6 mil m²), modelo que consome mais recursos, e uma loja de vizinhança. O plano inicial era abrir quatro lojas em 2017.

Das lojas previstas para 2018, a maioria será voltada para o varejo – seis lojas de vizinhança e três supermerca­dos. Isso porque, depois da forte expansão do atacarejo, com taxa de cresciment­o de vendas de dois dígitos nos últimos anos, em 2017 o desempenho foi mais modesto em razão da deflação dos preços dos alimentos e da forte concorrênc­ia que chegou no setor.

Nassar explica que, levandose em conta as mesmas lojas, as vendas do atacarejo ficaram estáveis neste ano em relação a 2016, descontada a inflação. Já nas lojas da bandeira Mambo, de supermerca­dos, houve cresciment­o real de 4%, consideran­do as mesmas lojas. “Depois de três anos, o Mambo cresceu mais que o Giga na base de mesmas lojas”, diz.

Segundo o consultor de varejo Cláudio Felisoni de Ângelo, presidente do Provar/Ibevar, a perda de fôlego do atacarejo é um movimento natural, diante da saída da recessão. Ele diz que ajustes no modelo são necessário­s para atravessar o novo momento do consumo.

Novos formatos. Nessa direção, especialme­nte para rebater a maior concorrênc­ia, o grupo aposta, por exemplo, em dois novos formatos de loja para o ano que vem. Um deles é o atacarejo compacto. Os dois pontos de venda que a empresa acaba de arrendar serão destinados ao modelo.

São lojas de 2 mil m² de área de venda, bem menor do que um atacarejo tradiciona­l. “A intenção de ter atacarejos menores é poder estar em bairros da periferia, onde a concorrênc­ia é menor. Além disso, é muito difícil encontrar lojas de grande superfície na periferia para instalar um atacarejo tradiciona­l”, argumenta o executivo.

A outra aposta do grupo para 2018 será o primeiro atacarejo de hortifruti­grangeiros. O Giga Frúti irá funcionar em Jundiaí (SP). “Vamos vender laranja em caixa, batata em saco”, exemplific­a Nassar. Os clientes serão hotéis, restaurant­es. Segundo ele, detectou-se que há uma lacuna para esse público que tem dificuldad­e de fazer compras na Ceagesp.

 ?? WERTHER SANTANA/ESTADÃO - 11/12/2017 ?? Light. Nassar, do Giga, aposta em atacarejo compacto
WERTHER SANTANA/ESTADÃO - 11/12/2017 Light. Nassar, do Giga, aposta em atacarejo compacto

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil