Uniasselvi prepara IPO de R$ 800 mi para março
Os fundos Carlyle e Vinci preparam o início de sua saída da rede de ensino superior a distância Uniasselvi, adquirida da Kroton em 2015. A oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) deve ocorrer em março e a expectativa é que movimente cerca de R$ 800 milhões com a venda de 30% da empresa. Na época da aquisição, o ativo foi comprado por R$ 1,1 bilhão. A Uniasselvi vinha prospectando nos últimos meses fundos interessados num possível aporte, mas a venda de uma fatia na Bolsa ganhou força diante da janela favorável esperada para o início de 2018. Os recursos captados podem ser usados pela companhia para acelerar investimentos em novos polos de ensino a distância e fazer frente à competição crescente no setor. Procurada, a Uniasselvi não comentou.
» Fraco. As condições exigidas pela Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para recomendar a aprovação da compra de 49,9% da XP Investimentos pelo Itaú Unibanco não devem afetar tanto a liderança da corretora, na visão do mercado. Embora o acordo proíba a XP de exigir exclusividade dos agentes autônomos, é de se esperar que esses profissionais sigam privilegiando-a, já que além de precursora, tem uma plataforma mais recheada de produtos que os concorrentes.
» Nem isso. O mercado esperava alguma medida mais enfática por parte do Cade e não uma postura “boazinha”. Até porque o próprio órgão antitruste já admitiu que acordos de exclusividade com agentes autônomos representam uma barreira de entrada relevante. No entanto, o mesmo órgão admite que esses profissionais têm mais vantagens ao concentrar suas operações com apenas um parceiro. Procurados, Itaú e XP não comentaram. O Cade destacou que o parecer trata de uma recomendação da Superintendência Geral. O processo segue para o Tribunal do órgão, responsável pela decisão final.
» Senta que lá vem história. Perto de completar uma década, o caso envolvendo o rompimento da barragem da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Apertadinho, em Rondônia, ganha um novo capítulo. A Justiça do Ceará reconheceu este mês incompetência para apreciar o processo de arbitragem e, portanto, a disputa entre a Cebel - Centrais Elétricas de Belém, dona da obra, e as construtoras responsáveis, a Schahin e EIT, que formavam o Consórcio Construtor Vilhena, volta para as mãos do Judiciário paulista.
» Vai que. Apesar da decisão da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Ceará, ainda cabe recurso por parte das construtoras no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Do lado da dona da obra, a sustentação oral na Justiça do Ceará foi feita pelo advogado Wolf Ejzenberg, do escritório Ernesto Tzirulnik Advocacia e, pelas construtoras, o advogado Adeumo Emerenciano, do Emerenciano & Baggio.
» Controvérsias. Em fevereiro de 2014, sentença arbitral, do Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, reconheceu a responsabilidade das construtoras pelo desmoronamento da PCH Apertadinho. Este ano, porém, o Grupo Schahin cobrou do Tribunal apuração quanto a irregularidades - como eventual compra de voto favorável à Cebel, representada pelo lobista Lúcio Funaro, apontado como operador do PMDB na Operação Lava Jato. É bom lembrar que o contrato de construção já previa que o palco de disputas fosse São Paulo.
» Segurança. Enquanto o setor de saúde suplementar ainda tenta consolidar uma trajetória de crescimento de usuários, o volume de ativos garantidores vinculados à Agência Nacional de Saúde (ANS), tais como imóveis, ações, títulos ou valores mobiliários, superou a casa dos R$ 35 bilhões ao final do segundo trimestre deste ano. O montante, que será divulgado hoje, dia 29, no Prisma Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, documento que traz um raio x deste setor, é 48% superior ao observado no final de 2016.
» Ofensiva. Os grandes bancos brasileiros passaram a ver com outros olhos o segmento de comércio exterior, após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tirar o pé do acelerador. Depois de o Banco do Brasil criar uma área com foco exclusivo para reforçar sua atuação, o Santander Brasil também demonstra apetite pelo segmento. Tanto é que, neste mês, o espanhol reuniu 11 entidades de fomento internacionais com cerca de 130 exportadores do País, que estão em busca de alternativas de crédito.
» Tímido. De janeiro a novembro, a América Latina foi destino de menos de 5% do total de financiamento concedido pelas agências multilaterais e de crédito à exportação no mundo, segundo dados da consultoria TXF Data. A expectativa é de que o Brasil ganhe um pouco mais de espaço desse bolo em 2018 na esteira da retomada da economia.