Marun monta tropa de choque por Previdência
Oministro de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), ganhou uma tropa de auxiliares formada por líderes de partidos governistas para ajudá-lo a negociar votações de projetos importantes para o Planalto. A partir de fevereiro, o grupo fará reuniões semanais para definir a pauta do Congresso. A reforma da Previdência continua como prioridade do governo, mas o presidente Temer já afirmou à Coluna que também quer tentar convencer os parlamentares a votar a reforma tributária, na intenção de “trazer mais emprego e renda à população”.
» Recontagem. Marun diz precisar de cerca de 50 deputados para chegar aos 308 a favor das mudanças nas regras da aposentadoria.
» Sujeito oculto. Tucanos ligados ao prefeito João Doria (São Paulo) comemoraram o fato de o ex-presidente FHC admitir, em entrevista ao Estado ontem, que o PSDB pode trocar Geraldo Alckmin por um candidato “mais agregador”.
» Clubinho. Quem não gostou nada foi o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. Presidenciável, ele considerou “precipitado” FHC declarar apoio a um nome de fora do PSDB na eleição.
» Desenturmado. “Existe uma panelinha no PSDB formada pelo ex-presidente FHC, pelo senador José Serra e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin”, criticou Virgílio.
» Dono da bola. O senador Romero Jucá (MDB-RR) mandou avisar aos tucanos que cogitam apoiar José Serra à presidência do Senado de que se esqueceram de combinar com o MDB.
» Concentrado. Michel Temer disse a interlocutores “ter adorado” despachar do Jaburu, onde está de repouso médico. Como a residência é mais reservada, se sentiu “mais produtivo”. Ele espera voltar hoje ao Planalto.
» Bateu o martelo. O DEM decidiu confirmar a troca do senador Agripino Maia pelo prefeito ACM Neto (Salvador) na presidência da legenda, durante a convenção, em 6 de fevereiro.
» Tempo de paz. Agripino diz não haver crise no partido. “O clima é de entendimento e diálogo. Tudo será definido por consenso com integrantes do DEM”, diz.
» Deu ruim. Líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO) diz não ter engolido o veto à indicação do deputado federal Pedro Fernandes (MA) para assumir o Ministério do Trabalho, no lugar do demissionário Ronaldo Nogueira. O movimento gerou mal-estar entre o líder e o governo.
» Sem base. “O Planalto está com muita credibilidade para escolher seus problemas. E precisa decidir se quer o PTB na base aliada ou fora dela”, ironizou o líder do PTB, ameaçando romper a aliança com o governo de Michel Temer. » Silenciosos. Para evitar traumas em animais, principalmente no Réveillon, o deputado Ricardo Izar (PP-SP) quer proibir fogos de artifício com estampidos. O projeto de lei dele está na Comissão do Meio Ambiente.
» Sem crise. O Cade, órgão antitruste do governo, vai contar com orçamento 27% maior este ano. Temer sancionou a proposta do Congresso, que destina R$ 46,1 milhões ao conselho, ante os R$ 36,3 milhões de 2017.
COM NAIRA TRINDADE, LEONEL ROCHA E ISADORA PERON