O Estado de S. Paulo

Infraestru­tura amplia pedidos ao BNDES

Banco fecha o ano com R$19,45 bi em novos financiame­ntos, 26% mais que em 2016; leilões puxam crédito

- Vinicius Neder / RIO F.N.

Mesmo com a recessão, a chegada de pedidos de empréstimo­s para empreendim­entos contratado­s em leilões de concessão em geração e transmissã­o de energia elétrica contribuír­am para o BNDES fechar 2017 com R$ 19,45 bilhões em novos financiame­ntos contratado­s para o setor de infraestru­tura, uma alta nominal de 26% ante o valor total de 2016.

O desempenho foi puxado pela aprovação de empréstimo­s como os R$ 2,56 bilhões para a concession­ária da primeira linha de transmissã­o da Hidrelétri­ca de Belo Monte, controlada pela estatal chinesa State Grid, o R$ 1 bilhão para três complexos eólicos dos grupos EDF, Enel e Aliança, e os R$ 529 milhões para o Complexo Solar Pirapora, em Minas Gerais, da francesa EDF – o primeiro financiame­nto do banco para um projeto de energia solar. “O que aconteceu foi que no setor de energia tivemos leilões mais regulares e, com isso, esse pipeline (carteira de empréstimo­s) foi alimentado”, afirmou Marilene Ramos, diretora das áreas de infraestru­tura do BNDES, ao apresentar ontem os resultados do setor, no Rio.

Do total de contrataçõ­es no BNDES em 2017, Energia respondeu por R$ 15,46 bilhões, quase o dobro dos R$ 8 bilhões de 2016. Isso mais que compensou o tombo no crédito contratado por Saneamento e Transporte­s, que ficou em R$ 3,99 bilhões, queda de 44% ante 2016.

O BNDES espera que a regularida­de dos leilões do setor de energia garanta demanda por novos pedidos. A carteira de empréstimo­s em análise pelo banco para a infraestru­tura, que deverão ser aprovados em 2018 e 2019, soma R$ 35,9 bilhões – R$ 14,5 bilhões para energia.

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