O Estado de S. Paulo

Bancos pedem para esperar os últimos números

- BRASÍLIA

O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse ao Estadão/Broadcast que é preciso esperar os números finais do ano para avaliar se o banco realmente restringiu o crédito ao setor público. “Aguarde os números do ano. Não tem queda. De dentro do banco, eu sei que os números serão bem melhores”, afirma.

No último dia útil de 2017, o presidente da Caixa participou da assinatura de novos contratos para financiame­nto de R$ 951 milhões a projetos de saneamento de estatais de quatro Estados e prometeu que trabalhari­a até o penúltimo dia do ano, um sábado, para firmar novos contratos com o poder público.

Em nota, o Banco do Brasil usou argumento semelhante e disse que é necessário esperar os números do quarto trimestre. Citou ainda que a carteira “sofre alterações de saldo durante o ano em decorrênci­a das contrataçõ­es, desembolso­s e amortizaçõ­es, bem como com relação à incidência de juros e a oscilação do câmbio”. O BB lembra que, ainda que existam operações específica­s ao setor, o crédito segue “o mesmo rigor técnico” das demais linhas.

Procurado, o BNDES não se pronunciou. Seu comitê de auditoria citou, em análise que a exposição do banco ao setor público era de 18,6% da carteira em 30 de junho de 2017, acima do índice de 17,9% do fim de 2016, mas abaixo dos 28,3% do fim de 2015. A exposição atual, ressalta o comitê, é menor que o limite de 45% previsto pelos “índices operaciona­is prudenciai­s”. /

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