Por greve de policiais, RN decreta calamidade na segurança pública
Por causa da greve de policiais civis e militares no Rio Grande do Norte, o governador Robinson Faria (PSD) declarou situação de calamidade na segurança pública. Os agentes reduziram suas atividades desde o dia 19 em protesto contra o atraso no pagamento de salários.
O decreto de calamidade foi publicado ontem no Diário Oficial do Estado. “Enquanto perdurar a situação”, ficam disponíveis para a segurança todos os bens e servidores da administração pública direta e indireta.
Isso também permite ao governo “requisitar ou contratar, em caráter emergencial”, serviços e bens, públicos ou privados, para o “restabelecimento da normalidade”. A vigência é de 180 dias, e o governo não detalhou como vai usar a medida.
Nos primeiros dias da greve, aumentou a criminalidade no Estado. Em dezembro, o governo pediu R$ 600 milhões à União para regularizar o pagamento dos servidores, mas o governo federal não liberou todo esse montante. No dia 29, o presidente Michel Temer autorizou enviar 2,8 mil agentes das Forças Armadas ao Estado.
Raul Jungmann, ministro da Defesa, disse ao Estadão/Broadcast que o decreto, para o governo federal, não “muda nada” e que o Estado está seguro com as tropas./CARLA