Fórum dos Leitores
GOVERNO TEMER Regra de ouro e reformas
Michel Temer deve ter descoberto agora que em termos de orçamento o Estado brasileiro tem um cobertor curto, já faz tempo. Mexe daqui, corta dali e o dinheiro não dá, daí a tentativa de “flexibilização”. Ninguém quer admitir que o Estado que está aí 30 anos após a Constituição cidadã – em que há muitos direitos e poucos deveres, além de não haver fonte para pagar tantos direitos – faliu. Não adianta fazer uma reforma da Previdência leve ou outras espertezas, o buraco é mais fundo. O surgimento de uma burocracia cara e ineficiente, os direitos previdenciários diferenciados, o aumento da dívida pública, com seu serviço, e tantas outras despesas terão de ser pagas pelo contribuinte, já esmagado por uma carga tributária da ordem de um terço do PIB, que não dá mais para aumentar. A reforma do Estado é imperativa, tem de ser pensada com seriedade. Temos de cair na real, o sonho dos governos perdulários de tudo poderem acabou. Chegou a hora de cortar na carne e remover os tumores. ULF HERMANN MONDL hermannxx@yahoo.com.br
São José (SC)
Vida próspera e tranquila
Regra de ouro na economia é gastar menos do que se ganha, quem fizer isso terá vida próspera e tranquila. O governo gasta muito mais do que arrecada, embora nenhum país no mundo cobre tantos e tão altos impostos, e os gaste tão mal, como o Brasil. Não sendo mais possível aumentar a receita via aumento de impostos, resta ao governo diminuir suas despesas. Aí, sim, existe um campo enorme para o governo trabalhar. Reduzir despesas de verdade, cortar tudo o que não é essencial, demitir milhares de aspones, privatizar to- das as empresas estatais – inclusive e principalmente as estratégicas, que justamente por serem estratégias deveriam ficar bem longe de mãos corruptas e incompetentes. Mas claro que nada disso vai ser feito, o governo apenas mudará as pífias regras que o impedem de continuar aumentando as suas despesas até o dia do Juízo Final. MÁRIO BARILÁ FILHO mariobarila@yahoo.com.br
São Paulo
ECONOMIA Correção monetária
Temos de aproveitar o atual momento de inflação baixa para eliminar de vez a correção monetária de todas as leis e de todos os contratos. Só assim o efeito retroalimentador da inflação estará eliminado. Durante décadas nos agradecerão por isso. JORGE ALBERTO NURKIN jorge.nurkin@gmail.com
São Paulo
UNIVERSIDADE PÚBLICA Gratuita e de excelência
Parabéns aos professores Fernanda de Negri, Marcelo Knobel e Brito Cruz pela clareza e pertinência do artigo Excelência acadêmica requer custeio público (5/1, A2). Com tantos ataques à universidade pública gratuita e de qualidade, é fundamental virem a público mostrar a importância nevrálgica de tal sistema para nossa sociedade. Não sairemos da posição inferior nem daremos saltos de qualidade sem pesquisa científica e formação de recursos humanos de excelência. A comparação com congêneres internacionais desmonta a crença de que o Estado não deve financiar a universidade. O setor privado de educação atende a outras demandas e não pode querer impedir o custeio público de universidades de ponta.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES prodomoarg@gmail.com Campinas
CORRUPÇÃO Justiça sob ameaça
A inacreditável ameaça que o líder do MST fez ao Tribunal Federal da 4.ª Região (TRF-4) e ao Poder Judiciário em geral, como forma de intimidação, mostra que esses chupins, oportunistas partidários, invasores e destruidores de patrimônio alheio são, além do mais, inconsequentes como o réu que defendem, que acha bonita toda essa arruaça. Mas acredito que não integrem o Judiciário tamanhos ignavos que se curvem a tais espécimes. ALESSANDRO LUCCHESI timtim.lucchesi@hotmail.com Casa Branca
Convescote ‘cumpanheiro’
Parece que os cumpanheiros resolveram solidarizar-se com o “deus Lula”, no julgamento do próximo dia 24 pelo TRF-4. Ele próprio disse que irá a Porto Ale- gre. Será que, com isso, estaria adiantando sua apresentação à Polícia Federal, logo após o veredicto? Pela Coluna do Estadão, farão parte da caravana até a capital gaúcha a metade da bancada do PT e a maioria dos nove senadores. Só tem um problema: como o julgamento cai numa quarta-feira, é claro que terão descontados os dias dos seus vultosos salários. Ou não? E usar verbas indenizatórias de transporte para o passeio gaúcho, nem pensar. Ou não? Mais uma pergunta: quem arcará com as despesas extras dos órgãos de segurança, limpeza pública, etc., necessários para “receber” e controlar os grupelhos da CUT, do MTST, do MST e outros que também pretendem estar presentes, talvez para se despedirem do seu “deus maior”? Será o mesmo grupo responsável pelas passagens e pelos lanchinhos? Uma última pergunta: vão aproveitar o ato para gravar o filme Lula 2, o Filho do Brasil, desta vez sem verba da Odebrecht?