Políticos tradicionais apontam dificuldades
Representantes das maiores bancadas do Congresso veem desafios para nomes ‘outsiders’ crescerem nos Estados
Representantes de partidos com as maiores bancadas no Congresso avaliam que candidaturas “outsiders” terão dificuldade para crescer nas pesquisas eleitorais nos Estados.
Para o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), os políticos tradicionais “têm mais visibilidade e serviços prestados” para mostrar aos eleitores. “No meu Estado, os outsiders que apareceram nunca saíram de um dígito (de intenção de votos), é sempre muito pouco: 1%, 2%, não sai disso nunca”, afirmou Agripino.
O senador citou a possibilidade de candidatura do desembargador Cláudio Santos no Rio Grande do Norte. Santos foi presidente do Tribunal de Justiça do Estado e tem sido cortejado por partidos como o Avante!.
O secretário-geral do PSDB, Marcus Pestana, disse que é preciso ter “uma mescla de oxigenação do sistema político com experiência”. Ele afirmou que é importante atrair novos nomes por causa do “abismo que separa a sociedade da política”, mas ponderou que “isso não é um valor absoluto”.
Para o presidente do PDT, Carlos Lupi, que aposta no nome do juiz Odilon de Oliveira para o governo de Mato Grosso do Sul, é obrigatório que o candidato tenha “alguma experiência exitosa na vida privada” como condição para alcançar viabilidade eleitoral. “Nós (do PDT) julgamos que o principal de qualquer candidatura que não esteja na política tradicional tem de ter alguma experiência em lidar com a população. O que não dá é pegar um artista, só porque tem fama, e lançar como candidato”, afirmou. R.T. e J.L.