O Estado de S. Paulo

62,2% das famílias estão endividada­s

- / VINÍCIUS NEDER

O porcentual de famílias endividada­s no País alcançou 62,2% em dezembro de 2017, mantendo-se estável após cinco altas consecutiv­as, conforme a Pesquisa de Endividame­nto e Inadimplên­cia do Consumidor (Peic), da Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com dezembro de 2016, houve um aumento de 3,2 pontos porcentuai­s.

Além do aumento no número de famílias que recorreram ao crédito nos bancos ou a parcelamen­tos, o estudo mostra que a inadimplên­cia vem se mantendo controlada. A proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu em dezembro, pelo terceiro mês consecutiv­o, atingindo 25,7% das famílias, ante 25,8% em novembro. Na comparação com dezembro de 2016, entretanto, houve alta de 1,7 ponto porcentual.

O indicador que mede a inadimplên­cia mais grave também melhorou: o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso recuou de 10,1% em novembro para 9,7% em dezembro, mas apresentou alta em relação aos 9,1% de dezembro de 2016.

“Apesar da melhora recente, os indicadore­s de inadimplên­cia permanecem em níveis superiores aos do ano passado. A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldad­e das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo em relação à capacidade de pagamento”, disse, em nota divulgada pela CNC, a economista Marianne Hanson.

Também caiu a proporção das famílias que se declaram muito endividada­s. De novembro para dezembro de 2017, onúmero foi de 14,6% para 14,1%. Na comparação anual, manteve-se estável. Já o porcentual de famílias que se declararam pouco endividada­s passou de 24,6% em novembro para 25,1% em dezembro.

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