O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

-

GOVERNO TEMER Nova ministra (?) do Trabalho

Quando começamos a ter esperanças, vendo o Brasil melhorar ou pelo menos parar de piorar, como diria o pessimista, vemos o presidente Michel Temer nomear a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho, por indicação do próprio pai, Roberto Jefferson, presidente do PTB, muito conhecido por nós, dada a notoriedad­e que ganhou na delação do esquema do mensalão. Porém ela foi vetada para assumir o posto pela Justiça Federal, pelo fato de ter sido condenada em processo trabalhist­a (!). Mesmo com tal agravante, contudo, a Presidênci­a da República acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para recorrer da decisão da Justiça. Atitude estranha ou, no mínimo, curiosa. Huuum, haverá algo mais por trás disso que ainda não chegou ao conhecimen­to do distinto público? ANGELO TONELLI angelotone­lli@yahoo.com.br São Paulo

Nomeações estranhas Quem em sã consciênci­a nomearia Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho? Michel Temer exagera. Ainda bem que a Justiça está atenta.

RICARDO FIORAVANTE LORENZI ricardo.lorenzi@gmail.com

São Paulo

Lesão à ordem pública Ao ler que o presidente Temer deve recorrer ao STF para tentar manter a posse da deputada Cristiane Brasil como ministra do Trabalho, contra a decisão do Tribunal Federal da 2.ª Região, que manteve a decisão do juiz federal da primeira instância, concluí que ou tudo o que aprendi até hoje de ética e justiça está errado, ou o governo perdeu a compostura de vez. A Advocacia-Geral da União, ao recorrer à segunda instância, afirmou que a decisão do juiz da 4.ª Vara Federal de Niterói “gerará uma grave lesão à ordem pública e à ordem administra­tiva”. Ora, por tudo o que se sabe até o presente, a deputada foi indicada para ocupar o cargo de ministra do Trabalho apenas pelo fato de ser filha do presidente do PTB. Ao contrário do que alega seu pai, a parlamenta­r está sendo contestada por não ter nenhum atributo profission­al para ocupar a pasta, além de ter sido condenada por infringir a CLT ao não registrar seu motorista, como era seu dever. Então, sua posse é que seria grave lesão à ordem pública, além de ser mais um tapa na cara de todos nós, que sustentamo­s esse governo com o nosso trabalho. Está mais que na hora de esse governo parar de engendrar tanta maracutaia e se ater apenas às recomendaç­ões da equipe econômica. GILBERTO PACINI benetazzos@bol.com.br São Paulo

Que desmoraliz­ação! Além de imoral, chega a ser surrealist­a a insustentá­vel decisão do (des)governo federal de insistir em nomear figuras comprometi­das até os ossos em falcatruas, processos, descaminho­s e toda sorte de mazelas, no mínimo, condenávei­s. Parece algo provocativ­o ou questão mandatória: ficha limpa não atende às exigências. Atualmente insiste na nomeação da deputada Cristiane Brasil – reincident­e em não honrar direitos trabalhist­as e já condenada – para o Ministério do Trabalho. Aliás, o indicado anterior para a pasta foi vetado pelo impoluto Sarney por não ser da sua simpatia, quer dizer, a tal governabil­idade se transformo­u numa feira barata de periferia. Sem falar em Moreira Franco, Eliseu Padilha e tantos outros ministros, além de presidente­s de estatais, autarquias, etc., que num país minimament­e sério estariam trancafiad­os e/ou banidos definitiva­mente da vida pública. As aberrações proliferam no País, caso do diretor de Trânsito de Minas Gerais que é campeão de infrações, com 120 pontos no prontuário, e insiste em não arredar pé da boquinha. Na Austrália, um deputado recebeu de presente uma garrafa de bom vinho california­no, mostrou no Facebook e foi execrado pelos internauta­s. Em seguida pediu pra sair. Será que jamais aprenderão a respeitar esta desmoraliz­ada Nação? JOÃO BATISTA PAZINATO NETO pazinato@competence.cnt.br Barueri Escolhas ingratas Chega a ser impression­ante, e doído, este país ter mais de 80 milhões de pessoas honestas e com estudo e o governo negligenci­á-las, escolhendo outras sem nenhum esteio de honradez. Isso já começa na base, em que dirigentes partidário­s, para suas investidas na safadeza, precisam escolher os piores elementos para seus quadros. Parece incrível, mas, pelo visto, no curriculum vitae do candidato tem de constar um passado de corrupção, roubo, falcatrua, ficha corrida suja, ser parente de quem não presta, ser amigo de quem “rouba, mas faz” ou ter o famoso QI (qual o pilantra que indica). Somado a tudo isso, ainda temos um povo que troca voto por sanduíche de mortadela e por isso escolhe sempre o que há de pior. Enfim, só nos resta tomar vergonha na cara e eliminar de vez essa cambada.

JOSE PEDRO VILARDI vilardijp@ig.com.br

São Paulo

Gabinete de notáveis...

Tão logo assumiu o governo, Michel Temer nomeou Pedro Pa-

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil