Banco Mundial eleva projeção do PIB brasileiro
O Banco Mundial elevou as projeções do crescimento do Brasil para 2017, 2018 e 2019, de acordo com o relatório Perspectivas Econômicas Globais divulgado ontem. Para este ano, a estimativa é de alta de 2%, superior ao 1,8% projetado em junho. Em relação a 2017, a previsão registrou maior avanço, de 0,3% para 1%. No próximo ano, a instituição elevou seu número para o PIB de 2,1% para 2,3%. Para 2020, o Banco Mundial aponta que o País apresentará uma alta de 2,5%.
“O Brasil cresceu 1% (em 2017) após uma profunda recessão de dois anos, apoiado principalmente pela recuperação do consumo privado”, apontou o Banco Mundial. “O crescimento do comércio varejista e da produção industrial se intensificou, apesar de uma contração no setor de construção, ao passo que a confiança do consumidor se manteve estável e as condições do mercado de trabalho melhoraram.”
Segundo a instituição multilateral, o PIB do País deve subir 2% neste ano “à medida que a melhoria das condições do trabalho e uma inflação baixa apoiarem o consumo privado, os efeitos residuais da recessão desaparecerem e as condições das políticas apoiarem mais o investimento.”
Para o Banco Mundial, no Brasil e em alguns outros países como Rússia e África do Sul, “o declínio da inflação permitiu condições mais acomodatícias de política monetária”, o que colaborou na recuperação do consumo das famílias. De acordo com o documento, porém, o nível de alta do PIB em 2018 corre riscos de ter um desempenho menor do que o previsto com a incerteza política gerada num ano que terá eleições presidenciais e para o Congresso.
Nesse contexto, a instituição aponta que alguns fatores desfavoráveis podem “frear o crescimento” da América Latina em 2018, como “a incerteza política em alguns países, incluindo o Brasil, Guatemala e Peru.”
Em relação a gestão das contas públicas no Brasil, o Banco Mundial foi categórico. “Uma melhora da sustentabilidade fiscal depende da reforma da Previdência.” Contudo, não foi detalhado no se as projeções para o PIB de 2018 a 2020 consideram a aprovação pelo Congresso de uma mudança estrutural do sistema de pagamento de benefícios para aposentados no País. /