O Estado de S. Paulo

Temer extingue 60 mil cargos do Executivo

- Idiana Tomazelli / BRASÍLIA O colunista está em férias e volta no dia 24 deste mês

Quase cinco meses após o anúncio do pacote de iniciativa­s para conter gastos com pessoal, o presidente Michel Temer assinou ontem o decreto para extinguir 60.923 cargos públicos do Poder Executivo. A medida, porém, não tem impacto fiscal imediato, ao contrário do adiamento dos reajustes de servidores e da elevação da alíquota previdenci­ária do funcionali­smo público, suspensas por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o Ministério do Planejamen­to, 37,8 mil dos cargos que serão extintos estão vagos. Os demais serão fechados à medida que os funcionári­os forem se aposentand­o ou deixarem o serviço público. O secretário de Gestão de Pessoas do Planejamen­to, Augusto Chiba, explicou ao Estadão/Broadcast que não é possível prever em quanto tempo isso vai ocorrer, mas ressaltou que o decreto é importante para evitar que os órgãos preencham futurament­e essas vagas, trazendo mais custos.

“A maioria ingressou há bastante tempo, então são pessoas que já têm mais idade. Estão mais próximas da aposentado­ria”, disse Chiba.

O corte inclui profissões considerad­as obsoletas, como telefonist­a, editor de vídeo tape, assistente de som, datilógraf­o e digitador. São postos que exigem escolarida­de até ensino fundamenta­l ou médio, voltados a atividades auxiliares e cujas funções têm sido atendidas pela modernizaç­ão. A previsão é que gastos com pessoal no Executivo cheguem a R$ 322,8 bilhões neste ano, ante R$ 285 bilhões em 2017.

FÁBIO ALVES

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