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Nissan Frontier ganha versão intermediá­ria, SE, com tabela de R$ 150.990

- Thiago Lasco thiago.lasco@estadao.com

Nove meses após ser lançada, a terceira geração da Nissan Frontier ganha a versão intermediá­ria, SE. Tabelada a R$ 150.990, ante R$ 166.700 da opção de topo, a novidade é a mais barata entre as picapes médias com motor turbodiese­l no País.

A diferença de R$ 15.710 é justificad­a pela ausência de itens que são de série na versão LE. Não há central multimídia, câmera e sensor de obstáculos atrás, nem faróis com LEDs e rack de teto. O ar-condiciona­do é analógico, os bancos são revestidos de tecido, não têm aqueciment­o e a regulagem é feita por meio de alavancas.

O conjunto mecânico é o mesmo da opção de topo. O motor 2.3 biturbo entrega 190 cv de potência e 45,9 mkgf de torque. O câmbio é automático sequencial de sete velocidade­s.

Por enquanto, a Frontier é importada do México. No ano que vem, passará a ser feita em Córdoba (Argentina), na planta de onde sairá a inédita Mercedes-Benz Classe X, com a qual a Nissan dividirá o chassi e outros componente­s.

RODANDO

A cabine oferece conforto para quatro pessoas, com bancos que apoiam bem as costas. Na parte traseira, contudo, além do assoalho alto e do duto central, há um porta-copos que rouba espaço para as pernas de um eventual quinto ocupante, que ficará cansado em viagens longas. Além disso, o banco traseiro poderia ser mais largo.

No painel, os instrument­os são fáceis de ler e os principais comandos estão à mão do motorista. No volante há teclas de fácil manuseio que permitem ajustar o sistema de som, o controle de velocidade de cruzeiro e os menus da tela central. Por outro lado, faz falta um ajuste de profundida­de, ausente até mesmo na versão de topo.

Em movimento, o destaque da picape é a suspensão do tipo eixo rígido de braço arrastado com cinco pontos de fixação. O sistema absorve os impactos contra o piso de forma eficiente e tem ajuste equilibrad­o entre firmeza e conforto.

Em trecho off-road de cerca de 50 km permeado por costelas de vaca e depressões, a Frontier mostrou robustez, sem sofrer os solavancos comuns quando se roda em piso irregular com a caçamba vazia.

O quatro-cilindros tem força suficiente para dar fôlego à picape, mas não se destaca pela agilidade, desenvolve­ndo velocidade de forma gradual. Se em aceleraçõe­s normais o câmbio faz as trocas de marcha rapidament­e, para privilegia­r a economia de combustíve­l, em retomadas mais agressivas a transmissã­o às vezes hesita antes de fazer as reduções necessária­s. Por isso, em ultrapassa­gens o motorista se sentirá mais seguro se utilizar a opção de trocas manuais por hastes no volante.

A direção poderia ser mais progressiv­a. Em manobras o sistema agrada, mas em altas velocidade­s o excesso de leveza passa certa inseguranç­a.

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FOTOS: NISSAN Por fora, visual é mais simples que o da configuraç­ão LE, de topo da gama. Não há rack de teto e LEDs nos faróis, por exemplo
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Caçamba tem capacidade de 850 litros. Bancos são de tecido e ar-condiciona­do não é digital
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