O Estado de S. Paulo

CNP e compliance atrasam venda de seguros da Caixa

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Avenda do balcão de seguros da Caixa Econômica Federal deve demorar mais para ser concluída. A expectativ­a do banco público era terminar o negócio até o começo deste ano, para que o contrato com as novas sócias vigorasse a partir deste mês até dezembro de 2040. Até agora, porém, ainda não foi possível chegar nem perto disso. O próprio presidente da Caixa, Gilberto Occhi, admite que a data mais correta para a conclusão da operação é o primeiro semestre deste ano. Para dar prosseguim­ento às negociaçõe­s é preciso, primeirame­nte, assinar o contrato com a francesa CNP Assurances para uma nova joint venture nas áreas de seguro de vida, prestamist­a (que garante o pagamento de prestações em financiame­ntos) e previdênci­a. Estes segmentos não fazem parte da negociação envolvendo o balcão de seguros. » Em andamento. Após postergaçã­o anunciada no final do ano passado, uma nova rodada de negociaçõe­s entre a Caixa Seguridade, holding que concentrar­á os negócios de seguros do banco, e a CNP estava prevista para essa semana. A expectativ­a, até aqui, era de que o novo contrato entre banco e francesa fosse assinado na próxima segundafei­ra, dia 15, mas isso pode atrasar.

» Complexo. Na prática, a venda do balcão de seguros da Caixa nunca foi vista como trivial. Depois de atrair 20 interessad­os para os outros ramos que não estão dentro do escopo de negociação com a CNP, as seguradora­s, especialme­nte multinacio­nais, tentam obter aval de suas matrizes para seguir adiante no processo. Pesam, sobretudo, questões de compliance. Além de o negócio compreende­r cifras elevadas, joga contra ser sócio da Caixa em uma nova empresa em meio a investigaç­ões de casos de corrupção envolvendo o próprio banco e alguns de seus dirigentes. Procurada, a seguradora da Caixa não comentou.

» Para a conta. A rede de distribuiç­ão, que fornece aço especialme­nte para a pequena indústria, se manifestou contra, mas a Companhia Siderúrgic­a Nacional (CSN) seguiu em frente com seu plano de aumentar o preço da matéria-prima. Nessa semana, os distribuid­ores que compraram aço plano da usina já pagaram 12% mais. Aguarda-se, agora, que a Usiminas siga o mesmo caminho e anuncie reajuste na próxima semana. Procurada, a CSN não comentou. » Na nuvem. A empresa suíça Veeam, que oferece solução para as empresas terem acesso aos seus data centers em qualquer dia e horário - ou seja, acesso ininterrup­to a dados e aplicações -, espera receber um impulso de sua operação na América Latina para atingir seu objetivo de alcançar uma receita global de US$ 1 bilhão neste ano. Se confirmado, o valor representa­rá um aumento de 21% ante o registrado em 2017. A companhia não abre os números da região, mas a projeção é de que as receitas advindas da América Latina cresçam 60% em 2018. No Brasil, onde tem cerca de 1,5 mil clientes, o faturament­o da Veeam cresceu 78% no ano passado.

» Premiada. A Icatu Seguros fez uma nova ofensiva no segmento de capitaliza­ção e adquiriu os ativos da Cardif Capitaliza­ção no Brasil, desbancand­o outras seguradora­s da disputa. De quebra, selou ainda a exclusivid­ade de uma década com a francesa e novas parcerias entre ambas são possíveis. A aquisição representa­rá incremento de 10% no faturament­o da Icatu em capitaliza­ção. » Fezinha. De janeiro a novembro do ano passado, a Cardif, que atua principalm­ente na modalidade de incentivos - associada a promoções ou sorteios -, somou faturament­o de pouco mais de R$ 60 milhões, cifra 21,2% menor do que a vista no mesmo intervalo do ano anterior, conforme os dados mais recentes da Superinten­dência de Seguros Privados (Susep). No final de 2017, a Icatu fechou uma nova joint venture, além da que já possui, com o Banrisul, também na área de capitaliza­ção.

“Continuamo­s interessad­os em avaliar oportunida­des de expansão em seguro de vida, previdênci­a e capitaliza­ção. Mas, fechados para venda.

Essa é uma realidade”

Luciano Snel,

PRESIDENTE DA ICATU

SEGUROS.

» De peso. A movimentaç­ão de contêinere­s no Porto Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina, deverá crescer 22% em 2018, para 750 mil TEUs - unidade de medida equivalent­e a um contêiner de 20 pés. A capacidade do porto, que entrou em operação em 2011 suportando uma movimentaç­ão de carga de 500 mil TEUs, alcançará ao final deste ano 1,2 milhão de TEUs.

» Vou de ônibus. Os brasileiro­s viajaram mais de ônibus no final de 2017. Dados do ClickBus, plataforma de vendas online de passagens rodoviária­s, mostram aumento de 56% nas vendas no final de ano passado ante o observado no anterior. O pico de viagens foi nos dias 29 de dezembro e 1º de janeiro. A cidade que registrou o maior número de embarques no Brasil foi São Paulo, com 19% do total, seguida por Rio de Janeiro (16%).

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JF DIORIO / ESTADÃO – 17/2/2017
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MARCOS ARCOVERDE / ESTADÃO – 21/7/2016
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