O Estado de S. Paulo

C6 Burger, uma hamburguer­ia para o Mercado de Pinheiros

- Renata Mesquita

A informalid­ade parece ser a caracterís­tica que une as casas do Mercado de Pinheiros. Esqueça garçons ou mesas individuai­s, no sacolão que aos poucos se transforma em uma praça de alimentaçã­o, a variedade é o trunfo. Se antes era preciso escolher entra o ceviche de Checho, a pizza da Napoli ou cozinha nordestina do Mocotó, desde segunda também é possível colocar o hambúrguer nessa seleção.

O novo C6 Burger – o nome é uma brincadeir­a com as palavras carvão, calor, carne, cerveja, casual e criativo, termos que definem a proposta da casa – é dos mesmo sócios da Napoli Centrale e ocupa três boxes do lado de fora do mercado. Ali o serviço é mínimo e as bebidas ficam a cargo do cliente.

A equipe se ocupa mesmo é de comandar a parrilla, a chapa e o arquivo, uma espécie de caixa vermelha com vários compartime­ntos que grelha, assa e defuma, desenvolvi­da especialme­nte para eles – tudo à vista do cliente. A decoração evidencia o fogo: uma das paredes ostenta uma gaiola cheia de carvão e o forro é decorado com lenha.

O carro-chefe da casa, os hambúrguer­es, saem tanto da chapa quanto da churrasque­ira. Os “puro amasso”, ou, os burgers feitos pelo método smash, que são prensados na chapa sem ser previament­e moldados, aparecem em quatro versões de 100g mais clássicas, como o cheese burger (R$ 16) e o cheese bacon (R$ 18) ambos servidos no pão de hambúrguer (produzido na Officina, padaria do sócio Marcos Livi) e com queijo Mãe Natureza, amarelo bem amenteigad­o, de Pedras Altas (RS), que pode ser encontrada no box dedicado ao Pampas no Mercado.

As versões que saem da parrilla são maiores (170g) e mais elaboradas, como o Carbón (R$ 24) que combina queijo Colonial (RS), bacon com redução de vinagre de vinho colonial, tomate chamuscado e maionese da casa de crem (espécie de raiz-forte típica no Sul), no pão de brioche, bem macio.

Mas o cardápio vai além dos hambúrguer­es. Outra sugestão é o pão grafite, feito com carvão ativado e fermentaçã­o natural. É assado no forno de pizza da Napoli e finalizado na parrilla. É uma espécie de naam indiano, um pão chato mas bem fofo, e escuro, servido como base para três sanduíches em formato que lembra um taco. Uma opção combina costelinha, abacate, coentro e sour cream ; outra, com pegada árabe, leva kafta e coalhada seca; e o terceiro é uma opção vegetarian­a de legumes e cogumelos (R$ 21 cada).

Para matar a sede, há uma fileira de torneiras de chope em sistema de autosservi­ço. O cliente compra um cartão (R$ 10 que viram crédito), carrega com o valor que desejar e se serve em umas das oito torneiras, sendo seis de cervejas artesanais rotativas, uma fixa de Heineken e uma de gim tônica. O cliente paga pelo que coloca no copo.

Salvo o gim tônica, os drinques são engarrafad­os e ficam na geladeira. São duas criações do bartender Marcelo Serrano, o robusto (vodca, amaretto, suco de pêssego e de limão) e um boulevardi­er com essência de brownie (ambos por R$ 20).

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FOTOS: MARCOS LIVI
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Fogo. Ambiente tem parede de carvão e forro de madeira. Ao lado, burguer puro amasso

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