O Estado de S. Paulo

Temer elogia Alckmin, mas não leva reforma

- COM LEONEL ROCHA E ISADORA PERON. COLABORARA­M ROBERTO GODOY E VERA ROSA

Os afagos de Michel Temer à candidatur­a de Geraldo Alckmin à Presidênci­a, conforme entrevista do presidente ao ‘Estado’, trouxeram um clima de apreensão entre tucanos. O grupo do governador sabe do empenho do Planalto pela aprovação da reforma da Previdênci­a e admite que, mesmo à frente do PSDB, Alckmin terá dificuldad­es de virar os votos dos 22 deputados federais contrários às mudanças nas aposentado­rias. Interlocut­ores do governador argumentam que, em ano eleitoral, a tendência será de respeitar a posição da bancada na Câmara.

Tá fechado. Após assumir o comando nacional do PSDB, em dezembro, Alckmin conduziu reunião que fechou questão a favor da reforma da Previdênci­a. Mas o acordo não prevê punição a dissidente­s.

A posição do governador de São Paulo de não interferir em votos de deputados, a exemplo das denúncias, já incomodou Temer no passado.

Estou trabalhand­o. As declaraçõe­s de Temer surtiram efeito também no grupo político do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Logo cedo, o democrata usou as redes sociais para enaltecer sua busca por votos para aprovar as mudanças previdenci­árias.

Estratégia. Para se viabilizar como candidato ao Planalto, o presidente da Câmara quer o apoio de pelo menos seis partidos, além do Solidaried­ade, do PP e do DEM. As alianças devem garantir cerca de 6 minutos de propaganda na TV.

Sem rumo. Após o rebaixamen­to do Brasil na nota da agência internacio­nal de risco Standard & Poor’s, o articulado­r político do governo, Carlos Marun, mandou recado aos deputados: “Continuem fingindo que a Previdênci­a não é necessária para vermos onde vamos parar”.

Empurra-empurra. A decisão da S&P acirrou ainda mais os ânimos entre os presidenci­áveis Maia e Henrique Meirelles (Fazenda). Enquanto a agência culpou o Congresso pelo rebaixamen­to, deputados jogaram a responsabi­lidade para a equipe econômica.

Boicote. Como punição, parlamenta­res chegaram a ameaçar retaliar o governo na votação da Previdênci­a.

Meu nome é... Presidenci­ável, o deputado Jair Bolsonaro, que anunciou filiação ao PSL, já definiu seu lema para os dez segundos de propaganda eleitoral na TV durante a campanha.

...Bolsonaro. Em busca de votos dos evangélico­s e dos ruralistas, o deputado federal pretende usar duas frases: “em defesa da família brasileira” e “pelo direito de portar armas de fogo em propriedad­es rurais”.

Acabou? Com pouco tempo para a campanha na TV, o presidenci­ável quer investir nas redes sociais.

Narcos. O Exército apreendeu 1,2 tonelada de maconha skank, no Rio Japurá, na Amazônia. Houve tiroteio e dois soldados brasileiro­s foram feridos. Os traficante­s colombiano­s conseguira­m fugir.

No forno. O vereador Eduardo Suplicy (PT) corre para lançar o seu livro sobre os 24 anos que passou no Senado antes das eleições. A obra falará sobre a renda básica de cidadania.

Passado condena.

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INSTAGRAM CLICK. Um dia antes de ter a nota do País rebaixada, a Fundação Ulysses Guimarães, do MDB, comemorava o índice de inflação em 2,95% com o famoso bordão de Lula.

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