O Estado de S. Paulo

Doria nega atuar por vaga na disputa estadual

- Daniel Weterman

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que não é responsáve­l pela “operação esquenta” que aliados do tucano movimentam para viabilizar seu nome como candidato a governador do Estado nas eleições deste ano. Questionad­o sobre a possibilid­ade, Doria evitou afirmar se está disposto ou não a concorrer à sucessão de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin.

“Eu não sou responsáve­l pela operação esquenta”, disse o prefeito, em entrevista na noite de anteontem à TV Gazeta. O termo foi usado pela jornalista Maria Lydia quando questionou o prefeito sobre o movimento que deputados estaduais e prefeitos tucanos que defendem a candidatur­a de Doria para o governo paulista estão conduzindo em diretórios do partido. “Não é hora de discutir Palácio dos Bandeirant­es nem sucessão”, afirmou o prefeito.

Frente partidária. Na semana passada, entretanto, Doria conversou em São Paulo com o presidente Michel Temer sobre possíveis alianças para as eleições deste ano. Na encontro, discutiu-se a criação de uma frente partidária formada por MDB, PSDB e outros partidos com interesses em comum.

Doria, que já tentou se viabilizar para disputar a Presidênci­a neste ano, reforçou seu compromiss­o com a candidatur­a de Geraldo Alckmin ao Palácio do Planalto. “Provavelme­nte, haverá prévia com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. O PSDB é um partido democrátic­o, se existir a prévia o governador vai disputar e vencerá”, disse o prefeito na entrevista à TV Gazeta.

Doria evitou criar polêmica com o senador José Serra (PSDB-SP), que tenta ser o nome do partido para disputar o Bandeirant­es e que recentemen­te foi alvo de delação do expresiden­te da Odebrecht Pedro Novis. O executivo acusou Serra de receber para o partido R$ 54,2 milhões ilícitos, o que o tucano nega. Doria classifico­u Serra como um “grande nome” e disse respeitar “figuras importante­s” do PSDB.

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