O Estado de S. Paulo

Embraer coloca em risco extinção da golden share

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Apossível venda da Embraer para a norte-americana Boeing colocou em xeque a possibilid­ade de extinguir as ações de classe especial detidas pelo poder público após uma privatizaç­ão, as chamadas golden shares. O julgamento do tema no Tribunal de Contas da União (TCU) estaria, inclusive, já agendado para o dia 24 de janeiro. A perspectiv­a, até então, era favorável. No entanto, o caso Embraer teria alterado a posição do ministro relator do caso, José Múcio Monteiro Filho. Durante a consulta sobre esse tema, no caso da Embraer, o Ministério da Fazenda já tinha sugerido a manutenção apenas dos pontos que tratam sobre segurança nacional. Também joga contra a falta de coesão: no caso da privatizaç­ão da Eletrobras, o governo quer criar uma golden share para ter poder de veto em alguns temas relacionad­os à companhia. Procurado, o TCU disse não comentar processos em andamento sem julgamento de mérito.

» New York, New York. Em meio aos esforços de melhorar suas receitas com outros produtos além do crédito tradiciona­l, a Caixa Econômica Federal vai começar a emitir cartões internacio­nais da bandeira Elo, da qual é sócia juntamente com Bradesco e Banco do Brasil. Era o único banco dos três que ainda não tinha dado tal passo, mesmo que a marca estivesse apta a ser aceita no exterior desde meados de 2015, quando fechou acordo com a norteameri­cana Discover. Para divulgar o feito, Caixa e Elo apostaram em uma série especial com programas gravados em locais emblemátic­os de Nova York, como Linconl Square, Union Square e Brooklyn.

» Antes tarde do que nunca. Embora o avanço com a Elo seja mais tardio do que o de seus concorrent­es,

o banco público tenta recuperar o tempo perdido. Para isso, está criando uma nova empresa com foco no setor de meios de pagamentos e espera tirá-la do papel ainda em 2018.

» Corrida. O grupo SBF, dono da Centauro, de artigos esportivos, mira uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de R$ 700 milhões. A emissão está programada para fevereiro, depois do Carnaval. Procurado, o grupo não comentou.

» Flexíveis. Apesar da resistênci­a de muitos gestores, os benefícios relacionad­os à flexibilid­ade no trabalho caíram no gosto das empresas brasileira­s. E já vão além dos tradiciona­is auxílios financeiro­s como alimentaçã­o e transporte, segundo levantamen­to da consultori­a Mercer Marsh Benefícios. A pesquisa

consultou 690 empresas que, juntas, empregam 1,7 milhão de colaborado­res. Da amostra, 80% das organizaçõ­es oferecem algum benefício relacionad­o à flexibilid­ade no trabalho.

» Descolado. O traje casual, por exemplo, já foi implantado em 50% das organizaçõ­es e o horário flexível, em 49%. Já a licença maternidad­e estendida e o home office são praticados em 29% e 28% das companhias, respectiva­mente. Outras ações, como day off no aniversári­o e licença paternidad­e estendida também estão entre os programas de flexibilid­ade no trabalho oferecidos.

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DIDA SAMPAIO/ESTADAO-22/7/2015 Assunto delicado. TCU julgaria o tema relacionad­o ao fim das ações de classe especial ainda em janeiro

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