O Estado de S. Paulo

Briga política esquenta no Vasco com acusações

Clube tem indefiniçã­o sobre o novo presidente e sofre com problemas de falta de luz e várias denúncias de cartolas

- Marcio Dolzan / RIO

Enquanto segue a indefiniçã­o sobre quem presidirá o Vasco a partir da próxima semana – a eleição está na Justiça, que deve referendar a vitória do oposicioni­sta Julio Brant –, o clube carioca se vê envolto em problemas de falta de luz e acusações de furtos em São Januário. A energia elétrica foi cortada pela Light – companhia responsáve­l pela distribuiç­ão na capital – na quinta-feira por “deficiênci­a técnica” e restabelec­ida apenas ontem. Para completar, a oposição denunciou furtos no estádio e teve queixa na polícia dos dois lados.

Em meio ao clima de fim de mandato, na noite de quinta-feira surgiram informaçõe­s de que equipament­os de informátic­a e de treino que estavam em São Januário foram retirados das dependênci­as do clube. Uniformes feitos pela antiga fornecedor­a de material esportivo ainda estariam sendo vendidos por alguns funcionári­os.

Ontem pela manhã, Julio Brant prestou queixa em uma delegacia do Rio. “É a maior dilapidaçã­o do patrimônio de um clube na história do Brasil. Eu duvido, se quiserem me desmentir eu vou ficar feliz, mas duvido que esteja errado. Nunca vi nada parecido em um clube de futebol do tamanho do Vasco”, acusou.

Policiais da Delegacia de Repressão contra Crimes de Informátic­a (DRCI) estiveram em São Januário. Segundo a assessoria do clube, nada de anormal foi encontrado. À tarde, o assessor da presidênci­a Ricardo Vasconcelo­s foi à DRCI prestar queixa sobre a disseminaç­ão dos “boatos” nas redes sociais.

No início da noite, Eurico Miranda criticou as denúncias e chamou Julio Brant de “irresponsá­vel” e “leviano”. O cartola classifico­u o (provável) novo presidente do clube como “um fake news”.

“Se ele pensa que me atingiu, não. Está denegrindo o Vasco. Lamento”, disse Eurico. “Primeiro, eles que fomentam essas denúncias. Material do Vasco desviado, jogando no ar acusações fortes... Tenho mais de 600 funcionári­os, a maioria humilde”, disse o dirigente.

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FABIO MOTTA/ESTADÃO Caso de polícia. Vasco enfrenta até suspeita de roubo

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