O Estado de S. Paulo

Collor diz que será candidato a presidente

- Marcelo Osakabe André Ítalo Rocha COLABOROU FELIPE FRAZÃO /

O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) anunciou ontem que pretende se candidatar novamente à Presidênci­a da República nas eleições deste ano. “Digo a vocês que esse é um dos momentos mais importante­s da minha vida pessoal. Hoje, a minha decisão está tomada: sou, sim, pré-candidato à Presidênci­a da República”, afirmou Collor, durante evento na cidade de Arapiraca, no interior de Alagoas, com a prefeita, Célia Rocha (PTB).

Collor foi eleito presidente em 1989, na primeira eleição direta após a redemocrat­ização do País, derrotando no segundo turno o então sindicalis­ta Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele comandou o País entre os anos de 1990 e 1992. Após uma série de denúncias de envolvimen­to em casos de corrupção, em 29 de dezembro de 1992, Collor renunciou para evitar que o eminente processo de impeachmen­t fosse aprovado. Depois, o Congresso o julgou culpado pelo crime de responsabi­lidade e cassou seus direitos políticos, tornando-o inelegível durante oito anos.

O hoje senador é réu na Lava Jato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organizaçã­o criminosa. Ele nega irregulari­dades. Collor foi reeleito em 2014 e ainda tem mais quatro anos de mandato. Ou seja, pode concorrer a presidente sem ter o risco de ficar sem mandato e sem foro privilegia­do.

Repetição. Ao lançar seu nome como pré-candidato a presidente da República, Collor repete movimentos políticos que usou em eleições. Em 2010, ele chegou a fechar uma aliança e depois a abandonou para se lançar ao governo de Alagoas, mas foi derrotado. Na sua eleição anterior ao Senado, em 2006, Collor entrou na disputa faltando um mês para o fim da campanha, em substituiç­ão a outro candidato de seu grupo, que tinha menor expressão política.

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