O Estado de S. Paulo

Eleição atrapalha e Corinthian­s perde força

Reforço para o ataque só chegará quando o novo presidente assumir e isso prejudica o time, que hoje encara o São Caetano

- Daniel Batista

Enquanto o São Paulo conta com Diego Souza e o Palmeiras com Lucas Lima, o Corinthian­s ainda espera por um nome de peso, de preferênci­a centroavan­te. Mas ele só chegará após a eleição, no dia 3 de fevereiro. Até lá, o técnico Fábio Carille aposta em Kazim e espera ver o time evoluindo já na partida contra o São Caetano, hoje, às 19h30, no Pacaembu, pela segunda rodada do Paulista. A disputa presidênci­a não chega a afetar o ambiente corintiano, mas atrapalha o planejamen­to de Carille. Ele já queria ter o time completo neste momento, mas a dificuldad­e para conseguir a contrataçã­o de um substituto de Jô fez com que a diretoria decidisse não investir pesado em um reforço. Caberá ao novo presidente tal missão.

“Deixei claro que não chegaria a cereja do bolo e não vai chegar

até a eleição. Tenho de blindar esses meninos, são jovens, e não é fácil jogar no Corinthian­s. Tenho de estar ao lado deles”, disse Carille.

A eleição promete pegar fogo nos próximos dias. Antônio Roque Citadini teve a candidatur­a impugnada, recorreu à Justiça e ainda não conseguiu recuperar o direito de concorrer no pleito. Paulo Garcia e Andrés Sanchez também podem ser impugnados, amanhã, por suposta compra de votos.

Enquanto isso, as rodadas do Campeonato Paulista vão acontecend­o e o time sofre para manter o ritmo do ano passado sem uma referência na área. Contra a Ponte Preta, na primeira rodada, Kazim não foi bem, mas terá nova oportunida­de, até pelo fato de não existir muitas opções no elenco. Carille poderia testar Lucca e Júnior Dutra no setor, embora não sejam especialis­tas na função.

A diretoria inscreveu 22 jogadores para o Paulistão. Restam quatro vagas, que serão ocupadas por Emerson Sheik, Henrique e mais dois reforços. Além da espera por novos jogadores e um presidente, o Corinthian­s também precisa lidar com a falta de ritmo de alguns atletas, piorada com a Florida Cup.

Sem fôlego. O fato de o elenco ter disputado o torneio preparatór­io nos Estados Unidos atrapalhou os jogadores fisicament­e. O goleiro Cássio reclamou publicamen­te desse problema, após o jogo com a Ponte Preta.

Mesmo com tantas adversidad­es, Fábio Carille mantém a confiança de que o time conseguirá ter melhor forma física e uma vitória diante do São Caetano ajudará a manter o clima em paz.

O São Caetano é o mandante na partida e o estádio do Pacaembu foi uma opção do time do ABC pensando no aspecto financeiro. A expectativ­a é de um público superior a 25 mil pagantes e renda de mais de R$ 1 milhão.

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