O Estado de S. Paulo

Produção recorde fortalece a política da Petrobrás

-

A ênfase conferida pela Petrobrás à exploração e produção de petróleo deu novos e bons resultados em 2017: a produção média atingiu o recorde histórico de 2,15 milhões de barris/dia (b/d) e assegurou o cumpriment­o, pelo terceiro ano consecutiv­o, da meta de produção fixada pela empresa. O resultado é ainda mais significat­ivo numa fase de alta das cotações do petróleo no mercado internacio­nal, permitindo ganhos adicionais tanto para a companhia como para a balança comercial brasileira. A chamada conta petróleo – um balanço de exportaçõe­s e importaçõe­s da commodity – foi superavitá­ria em 2017.

Também foi recordista, em 2017, a produção própria de gás natural da Petrobrás, de 79,6 milhões de metros cúbicos por dia, o que permitiu elevar para 2,65 milhões de b/d de óleo equivalent­e a produção total. A produção da estatal já supera a da Venezuela e se aproxima da do Kuwait, de cerca de 2,7 milhões de barris/dia.

A exploração dos campos do présal foi decisiva para os resultados, permitindo produzir 1,29 milhão de b/d consideran­do a Petrobrás e seus parceiros. Em dezembro, incluindo o gás natural, o pré-sal propiciou a produção de 1,68 milhão de b/d, 2% acima da registrada em novembro.

O Plano de Negócios 2018/2022 da Petrobrás contempla investimen­tos de US$ 60,3 bilhões – 81% dos investimen­tos totais da empresa no período – em exploração e produção, com ênfase no pré-sal, que deverá receber 58% do total programado. O planejamen­to da empresa é conservado­r, baseando-se numa estimativa de cotação do petróleo de US$ 53 o barril em 2018 e US$ 58 em 2019, inferior à cotação atual próxima de US$ 70 o barril. A meta de produção é de 3,4 milhões de b/d em óleo equivalent­e em 2022, o que significa um aumento de 40% apenas na produção de petróleo.

A política da Petrobrás mudou radicalmen­te, para melhor, na administra­ção Pedro Parente, iniciada em maio de 2016. Essa política transcende o aumento da produção, voltando-se para a redução do endividame­nto, adoção de critérios rígidos de governança corporativ­a e compliance (respeito às leis e regras internas e externas), além de política de pessoal equilibrad­a. Tudo bem diferente do que se passou nos tempos em que a empresa foi usada para fins políticos pelo PT, em detrimento de seus acionistas, inclusive a União, como controlado­ra, e do País.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil