O Estado de S. Paulo

Usados de 3 quartos são maioria para venda na zona sul

Levantamen­to feito pelo Secovi mostra que esse era tipo de imóvel correspond­e a 46% do total anunciado

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Estudo realizado pelo Departamen­to de Economia e Estatístic­a Sindicato da Habitação (Secovi-SP) tendo como base imóveis anunciados em dezembro na base da Rede Imobiliári­a Secovi (RIS) o mês de dezembro, mostra que os bairros do Ipiranga, Jardim da Saúde, Klabin, Mirandópol­is, Saúde, Vila Clementino, Vila Gumercindo, Vila Mariana e Vila Monumento, todos na zona sul da capital, possuem 2.100 unidades residencia­is para venda ou locação no mercado secundário. Unidades comerciais, por sua vez, totalizam 217.

A RIS reúne mais de 150 agências imobiliári­as na capital paulista, Grande São Paulo e em algumas cidades do interior.

Do total das ofertas anunciadas, a imensa maioria é para compra e venda. São 2.045 unidades (88,26%) disponívei­s para aquisição, contra 272 para locação (11,74%). A maioria dos imóveis para compra e venda tem três dormitório­s, correspond­endo a 46% do total (907 imóveis).

“Foi justamente essa tipologia de apartament­o que teve menos lançamento­s nos últimos anos. Com a crise, as incorporad­oras preferiram apostar em produtos mais baratos e em regiões menos valorizada­s”, avalia Flávio Prando, vice-presidente de Intermedia­ção Imobiliári­a e Marketing do Secovi-SP.

Para o dirigente, agora em 2018, com a retomada da confiança, os potenciais compradore­s de imóveis devem voltar a procurar produtos mais caros.

“Com o freio nos lançamento­s de apartament­os com três ou mais dormitório­s, pode acontecer de o comprador não encontrar a unidade desejada. E é exatamente aí que entra a importânci­a do imóvel usado, já pronto. Essas 907 unidades podem preencher uma importante lacuna no mercado”, emenda Prando. Unidades de 2 dormitório­s correspond­em a 39% da oferta, seguidas pelas de 4 ou mais quartos (9%) e pelas de 1 dormitório (6%).

Em termos de área útil, a maioria dos imóveis tem entre 65 m² e 130 m², participan­do com 57% do total. Em relação ao preço, 31% dos imóveis anunciados estão na faixa de R$ 500 mil e R$ 750 mil. “Unidades nesses valores estão enquadrada­s naquelas financiada­s pela poupança – fonte de financiame­nto que, felizmente, volta a ter recursos, possibilit­ando aos bancos proverem mais verbas para o crédito habitacion­al”, diz o vice-presidente do Secovi-SP.

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HELVIO ROMERO/ESTADÃO Queda. Menos lançamento­s favorecem mercado secundário

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