Ciro afirma que não há ‘conspiração’ no Judiciário
O ex-ministro Ciro Gomes afirmou ontem, em sua página no Facebook, não acreditar que haja uma conspiração política no Poder Judiciário contra o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá recurso julgado nesta quarta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, de sua condenação no caso do triplex no Guarujá (SP).
Pré-candidato à Presidência pelo PDT, o ex-ministro também escreveu que vai torcer para que a Justiça brasileira reconheça a inocência de Lula.
Ciro disse ainda que imaginar algum tipo de complô “ofende a inteligência média do País”. “O que quero dizer nesta hora crítica é que, apesar de seus graves problemas, a Justiça brasileira ainda deve merecer o respeito institucional da Nação. O oposto é a baderna, a anarquia e, evidentemente, a violência”, escreveu, acrescentando em seguida que espera que o Tribunal compreenda “a transcendência de sua decisão”.
Apesar de defender Lula, nos últimos tempos Ciro tem feito críticas ao petista, como ao fato de ele ter voltado a se aproximar de políticos que apoiaram o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.
‘Constrangedor’. Na opinião do ex-ministro, “é definitivamente constrangedor e inexplicável que nenhum quadro relevante do PSDB esteja preso apesar de fartas e robustas evidências de seu orgânico e ancestral envolvimento em corrupção”.
Na postagem, Ciro citou também que vários membros importantes do MDB estão presos, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além de ressaltar que o próprio presidente Michel Temer foi chamado pela Justiça a responder por supostos atos de corrupção, em referência a denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) que foram suspensas em 2017 pela Câmara.