O Estado de S. Paulo

Amazon abre loja sem caixas de pagamento

Aberto em Seattle, nos EUA, ponto de venda da gigante online não tem caixas nem carrinhos

- NEW YORK TIMES E AGÊNCIAS INTERNACIO­NAIS

Aabertura da “loja do futuro” da gigante das vendas online Amazon, em Seattle, atraiu uma pequena multidão. Pelo menos cem pessoas fizeram fila para a abertura da loja, chamada de Amazon Go, não se importando com o frio de 5.ºC que fazia às 7 horas da manhã de ontem.

A loja não tem caixas de pagamento nem carrinhos ou cestas de mercado. Tudo é resolvido com ajuda de um aplicativo oficial, o Amazon Go, que permite o acesso à loja e faz o rastreio dos itens escolhidos pelos consumidor­es. Ontem, os funcionári­os da Amazon se esmeraram em certificar que todos que estavam na fila possuíam o aplicativo instalado em seus smartphone­s.

Com 167 metros quadrados, a Amazon Go tem estantes repletas de produtos que poderiam ser encontrado­s em qualquer loja de conveniênc­ia, como refrigeran­tes e salgadinho­s. Também tem alguns dos produtos que podem ser encontrado­s no Whole Foods, a cadeia de alimentos que a Amazon comprou no ano passado. O diferencia­l, porém, está na tecnologia.

Como funciona. É ela que, mesmo fora da visão dos clientes, permite uma experiênci­a de compras como nunca antes vista. Toda vez que um consumidor pega um item da estante, a Amazon interpreta que o produto já está no “carrinho de compras” online do cliente, com ajuda das centenas de câmeras espalhadas pelo teto da loja. Se o produto voltar à gôndola, a Amazon o retira da cestinha virtual.

A Amazon não explica exatamente como o sistema funciona, mas diz que envolve reconhecim­ento de imagem e softwares de aprendizad­o de máquina. Ao finalizar a compra, os consumidor­es simplesmen­te saem pelos mesmos portões que entraram, sem nem precisar sacar o cartão de crédito da carteira. Tudo o que está na sacola vai direto para a cobrança na conta do usuário na Amazon, que pode ser acessada pelo app. Minutos depois de sair da loja, um recibo eletrônico é enviado ao e-mail do consumidor com os dados da compra.

Emprego. Em 2016, os Estados Unidos tinham pelo menos 3,5 milhões de pessoas empregadas como caixas de supermerca­do. É bem fácil pensar que seus empregos estão em risco se a tecnologia da Amazon se espalhar pelo varejo. “Colocamos nossos funcionári­os em tarefas que podem ser úteis à experiênci­a

dos consumidor­es”, diz Gianna Puerini, executiva responsáve­l pela loja.

Entre essas tarefas estão a reposição de itens nas estantes e prestar auxílio a consumidor­es com problemas técnicos. Há um grupo dedicado a ajudar clientes a encontrar seus produtos favoritos. Como não há caixas, um empregado fica à disposição na seção de vinhos e cervejas, checando as identidade­s dos consumidor­es para liberar a retirada de bebidas alcoólicas das estantes./

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ELAINE THOMPSON/AP Digital. Para entrar na loja, cliente precisa baixar app oficial

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