O Estado de S. Paulo

Um esquema de segurança igual ao montado para Obama

- Roberto Godoy

Um esquema de segurança presidenci­al. E de presidente de superpotên­cia, desses que trabalham em escritório­s ovais e têm arsenais nucleares ao alcance de um botão. Embora o secretário Cezar Schirmer tenha sido cuidadoso ao tratar dos números, oficiais da inteligênc­ia da Brigada Militar, a PM do RS, confidenci­avam ontem que há cerca de 4,5 mil agentes mobilizado­s para atender ao esquema de segurança no Parcão. Boa parte deles envolvida na operação há mais de uma semana.

O polígono de segurança, delimitand­o um perímetro no parque entre três avenidas e o Rio Guaíba, terá atiradores de precisão, os snipers, distribuíd­os em edifícios e torres. Oficialmen­te estarão lá como observador­es, equipados com câmeras fotográfic­as. Mas os fuzis pesados serão levados para os postos. Um sniper pode atingir seu alvo a até 800 metros de distância.

O efetivo é do mesmo tamanho que o montado para a proteção do presidente Barack Obama, no Rio, em 2016, durante a Olimpíada. Ontem, os agentes de segurança aos quais Lula têm direito pela sua condição de ex-chefe de Estado fizeram uma simulação, a pé e de carro, dos deslocamen­tos que serão feitos hoje pelo ex-presidente. Estabelece­ram o tempo ideal de permanênci­a nos locais e definiram as rotas de escape em caso de crise extrema.

O círculo de restrição aérea será igual ao de Curitiba, em 2017, e vai abranger o espaço sobre a área do polígono a contar do prédio do TRF-4. É uma regra rígida. Helicópter­os e operadores de drones deverão consultar o controle de aproximaçã­o de voo em Porto Alegre antes da decolagem em helipontos. O esquema já está valendo e vai durar até 7 horas de quinta-feira.

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