O Estado de S. Paulo

Mudanças na Caixa adiam contrato com CNP

- COM DAYANNE SOUSA

As mudanças que a Caixa Econômica Federal enfrentou na semana passada, com o afastament­o de quatro vice-presidente­s e ainda a aprovação de seu novo estatuto, atrasaram novamente a conclusão do fechamento do contrato entre a seguradora do banco e a francesa CNP Assurances. A assinatura da nova parceria em seguros, que era esperada para hoje, deve ocorrer apenas na semana que vem, mais precisamen­te no dia 30 de janeiro. O vice-presidente de clientes, Negócios e Transforma­ção Digital da Caixa, José Henrique Marques da Cruz, afastado na semana passada por suspeita de envolvimen­to em casos de corrupção, era o interlocut­or da Caixa nas conversas com a CNP, embora a negociação seja conduzida pelo time da Caixa Seguridade. Com a sua ausência, alguns passos para trás foram necessário­s para o substituto se inteirar sobre o negócio.

» Não gostei. A CNP não digeriu bem o fato de a BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil, ter feito proposta pelo balcão da Caixa. Entre os franceses, há a desconfian­ça de que essa movimentaç­ão foi só para pressioná-los a serem mais agressivos na oferta.

» Porque te quero. Atual sócia da Caixa Seguros, a CNP negocia uma parceria para atuar nos ramos de seguro de vida, prestamist­a e previdênci­a privada. Além disso, a francesa também fez proposta para disputar as outras sociedades que foram ofertadas ao mercado. Em automóvel, a CNP considera fazer uma parceria com a SulAmérica na segunda fase da disputa, quando ocorrem as ofertas vinculante­s. Já no habitacion­al,

joia da coroa da Caixa, a francesa deve concorrer sozinha. Procuradas, a Caixa, a sua seguradora e a CNP não comentaram. » Brasileiro. Chegou a 70% a participaç­ão de mercado dos laboratóri­os farmacêuti­cos nacionais nas vendas no País. A fatia do total de medicament­os brasileiro­s comerciali­zados em 2017 aumentou um ponto porcentual em relação ao ano anterior. A Associação dos Laboratóri­os Farmacêuti­cos Nacionais (Alanac) espera que as vendas acelerem este ano, em razão da perspectiv­a de retomada da economia brasileira.

» Aposta física. Depois de lançarem o primeiro “marketplac­e físico” do Brasil, em Curitiba, a startup DigitalWeb e a plataforma de e-commerce Minestore trarão o mesmo conceito a São Paulo, até março. Em Curitiba, o valor investido no projeto foi de mais de R$ 4 milhões. O faturament­o mensal é da ordem de R$ 1,3 milhão. O marketplac­e físico permite que o cliente compre em mais de uma loja do local, efetuando um único pagamento ao final da compra.

» Como?. Para que esse pagamento conjunto funcionass­e, a DigitalWeb firmou parceria com a adquirente Stone, que permite que o pagamento feito via cartão de crédito, débito ou mesmo dinheiro pudesse ser transferid­o para a respectiva loja. Um dos atrativos é a economia com a bitributaç­ão, de ao redor de 15% sobre o faturament­o, segundo a companhia.

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ANDRE DUSEK/ESTADAO Atraso. Essa é a segunda vez que CNP Assurances e Caixa adiam a assinatura de novo contrato em seguros
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VALÉRIA GONÇALVEZ/ESTADÃO-25/11/2009

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