O Estado de S. Paulo

Ex-sócio da Estácio faz aquisição e avalia IPO

- RIO / FERNANDA NUNES

O Grupo SEB (Sistema Educaciona­l Brasileiro), do empresário Chaim Zaher, anunciou ontem a compra do Colégio de A a Z, de ensino médio e pré-vestibular, marcando o ingresso do grupo paulista no Rio. O valor do negócio não foi informado.

Até agosto do ano passado, o empresário libanês, que montou um império da educação, era maior acionista da Estácio. Após desentendi­mentos sobre os rumos da companhia, que teve a fusão com a Kroton barrada pelo Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica (Cade), foi se desfazendo de suas ações da Estácio na Bolsa e depois vendeu uma fatia relevante para o fundo americano Advent para se dedicar ao seu próprio grupo – que inclui negócios como a rede Concept, criada do zero, e a rede de idiomas Maple Bear.

Com seus negócios concentrad­os em São Paulo, com cerca de 45 mil alunos, a SEB já está presente em ensino superior e em pós-graduação, por meio da UniDomBosc­o e da Escola Paulista de Direito.

Ao Estadão/Broadcast, Zaher afirmou que pretende expandir sua participaç­ão no mercado fluminense, inclusive no ensino superior, e avalia abrir o capital de seu grupo de educação.

O plano é expandir a marca Colégio A a Z, que atualmente oferece grade até o 9.ª ano do ensino fundamenta­l para até a 3.ª série do ensino médio, além de introduzir educação bilíngue e novas metodologi­as.

Zaher avalia criar a faculdade “De A a Z”, mesmo nome do colégio adquirido. Nesse caso, a ideia seria aproveitar o reconhecim­ento da rede de pré-vestibular para ingressar no ensino superior no Rio. Apesar de os antigos donos deixarem a sociedade, eles permanecer­ão na liderança pedagógica da instituiçã­o. As conversas para a compra deste negócio começaram há cinco anos. Abertura de capital. Zaher participar­á, esta semana, de um encontro com o banco Morgan Stanley para discutir uma possível abertura de capital, que pode ser definida até o fim do ano.

Segundo o empresário, não valeria a pena lançar ações para levantar menos do que R$ 500 milhões. O empresário informou ainda que tem um projeto, de cerca de R$ 100 milhões, para investir em ensino para um público de baixa renda, das classes D e E.

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