O Estado de S. Paulo

Mercado de imóveis mais forte na capital

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Os números de 2017 do mercado imobiliári­o paulistano ainda são inferiores aos de 2013 – antes, portanto, do início da recessão –, mas já se pode falar em evolução expressiva em relação a 2016, segundo a Pesquisa do Mercado Imobiliári­o do sindicato da habitação (SecoviSP) relativa a novembro do ano passado, a última disponível. O que mais se destacou foi o número de lançamento­s (6.260 unidades), volume 177,4% superior ao de outubro e 79,8% maior que o de novembro de 2016, ou 244% em relação à média mensal dos primeiros 11 meses de 2017. Novembro de 2017 poderá ter sido um marco da retomada da confiança no futuro do setor.

Entre outros números favoráveis, em novembro de 2017 foram comerciali­zadas 3.869 unidades novas, superando em 95,3% as de outubro e em 124,4% as de novembro de 2016. O total de unidades comerciali­zadas entre janeiro e novembro de 2017 foi o mais elevado dos últimos quatro anos, embora ainda seja comparável ao de 2004, quando foram vendidas 18 mil unidades. Entre 2005 e 2013, as vendas anuais oscilaram entre 21 mil unidades, em 2005, e o pico de 30,9 mil unidades, em 2010.

Alguns indicadore­s despontam no levantamen­to do SecoviSP, mostrando como as famílias se ajustam às limitações de renda. Há, por exemplo, franca preferênci­a por imóveis com até 45 m² de área útil situados na capital, na faixa de preço de até R$ 240 mil. A demanda é firme inclusive por unidades de dimensões muito reduzidas, mas situadas em local próximo ao do trabalho dos moradores, permitindo o deslocamen­to a pé.

As famílias que precisam espaços maiores parecem preferir outros municípios da Região Metropolit­ana de São Paulo, onde a procura é maior por unidades com 45 m² a 65 m².

O índice VSO mensal (relação entre as vendas e a oferta), que é relevante para as empresas de construção e incorporaç­ão, atingiu 16,5% na capital em novembro, superando os 9,5% de outubro e os 6,5% de novembro de 2016. Na comparação entre os primeiros 11 meses de 2016 e de 2017, o estoque de unidades lançadas nos últimos 36 meses e disponívei­s para venda atingiu 18,8 mil unidades, mostrando queda de 21,7% em relação a novembro de 2016 (25 mil unidades).

O nível do estoque deve ser acompanhad­o com cuidado por quem quer comprar um imóvel sem ser surpreendi­do por alta de preços.

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