O Estado de S. Paulo

Sem Lula, PSB já propõe lançar candidato único

- COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA

Com a possibilid­ade real de o ex-presidente Lula ser impedido de disputar a eleição, o PSB acelerou as articulaçõ­es para lançar um candidato único à Presidênci­a da República do campo que ele chama de “progressis­ta”. Nas últimas semanas, o secretário-geral do partido, Renato Casagrande, conversou com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e Manuela d’Avila (PCdoB). O dirigente socialista diz que ficou animado com a receptivid­ade à sua proposta. O PT, que também defende a ideia, está fora dessas negociaçõe­s.

Não é sorteio. O critério proposto pelo PSB para a escolha do candidato é simples. Quem estiver melhor nas pesquisas entre maio e junho seria o nome desse “campo progressis­ta”. O prazo legal para registro do candidato é 15 de agosto.

Espera. O PSB convidou o ex-ministro Joaquim Barbosa para disputar a eleição presidenci­al pelo partido. Se ele topar e a ideia de candidatur­a única vingar, terá que entrar na disputa.

Animou. O senador Álvaro Dias (Podemos) diz não acreditar em aliança eleitoral com um leque tão amplo de siglas, mas vê viabilidad­e no acordo entre o seu partido, a Rede e o PSB. A Rede diz que Marina Silva mantém a candidatur­a, mas não se recusa a conversar.

Tô fora. A empresária Luiza Trajano nega conversas com o PT para disputar a eleição presidenci­al como vice de Jaques Wagner, caso Lula fique fora da corrida eleitoral. “Nem falo com o Wagner”, afirma.

É sigilo! O ministro Torquato Jardim (Justiça) pediu para o comando da PF não comentar mais sobre os preparativ­os para a prisão do ex-presidente Lula.

Arrependid­os. O PEN avaliou suspender a ação que impetrou no Supremo questionan­do o cumpriment­o de pena após a decisão de segunda instância.

Dançou. Na época, o partido negociava a filiação de Jair Bolsonaro e desistiu a pedido do presidenci­ável. Ao final, o PEN ficou sem Bolsonaro e não havia mais como retirar a ação.

Foi tarde! A saída de Vanda Nogueira da poderosa Secretaria de Radiodifus­ão do Ministério das Comunicaçõ­es, efetivada no final de 2017, ajuda o ministro Gilberto Kassab. Na pasta, ela era considerad­a de difícil temperamen­to.

Portas abertas. No lugar dela entrou Moisés Queiroz Moreira, que tem mais trânsito e paciência para atender congressis­tas.

Ouro. A secretaria analisa pedidos de geradoras e retransmis­soras de TV. Desde que assumiu, Kassab deu 531 retransmis­soras.

Deu eco. Após ter criado o movimento “Brasil 200”, o empresário Flávio Rocha observou que dobrou o número de seus seguidores no Twitter. Passou de 7,8 mil para 14,6 mil. O dono da Riachuelo lançou um manifesto em busca de um presidenci­ável liberal.

Ganhando tempo. Candidato ao governo paulista, Paulo Skaf (MDB) recebeu de tucanos graúdos sinalizaçã­o de que eles apoiam seu nome ao Planalto em troca de uma aliança do partido em torno do presidenci­ável Geraldo Alckmin. Márcio França, candidato do PSB, ouviu a mesma promessa.

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TWITTER CLICK. Presidente em exercício e pré-candidato ao Planalto, Rodrigo Maia prestigiou a posse de Lucas Vergílio na presidênci­a do Sindicato dos Corretores de Goiás.
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» SINAIS PARTICULAR­ES. Jaques Wagner, ex-ministro de Dilma e Lula

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