O Estado de S. Paulo

Fibria é uma das apostas dos analistas para esta semana

- Karin Sato

A exportador­a de papel e celulose Fibria é a aposta de analistas nesta semana. A empresa divulgará os resultados do quarto trimestre de 2017 na segunda-feira (29) e participan­tes da coluna apostam que a ação será impulsiona­da pelo balanço. A equipe da Guide Investimen­tos diz esperar números fortes e lembra que a companhia vivencia um momento positivo quanto ao ciclo dos preços da celulose e à operação da fábrica Horizonte II, que tende a propiciar um aumento significat­ivo no fluxo de caixa e, consequent­emente, redução da alavancage­m financeira nos próximos trimestres.

Outra casa que incluiu Fibria na carteira foi a Lerosa. Além da perspectiv­a de avanço positivo, o analista Vitor Suzaki diz que o ano para a empresa deverá ser de forte geração de caixa.

Nesta semana, analistas opinaram sobre os efeitos da decisão do TRF-4 pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a bolsa de valores, daqui para frente. Leitores da coluna questionar­am se a trajetória de alta deve ser mantida ou se o movimento passará a ser de realização de lucros (venda para embolsar os ganhos). A dúvida surgiu principalm­ente depois de ações com maior peso no Índice Bovespa, como Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e B3 - o papel da própria bolsa -, terem atingido preços inéditos, desde que começaram a ser negociadas, no final do pregão de quarta-feira (24).

A unanimidad­e dos desembarga­dores do TRF-4 se estendeu sobre o mercado financeiro. De forma unânime, analistas respondera­m que veem espaço para mais avanços da bolsa. A leitura da Magliano é de que a disputa eleitoral será menos nebulosa, com Lula possivelme­nte fora de cena. “Consideran­do a maior clareza na disputa eleitoral e o cenário de recuperaçã­o da economia global e brasileira, esperamos melhora de resultados das empresas”, diz o analista Pedro Galdi.

“Com resultados mais positivos, os preços justos das ações devem ser revisados para cima, ampliando a expectativ­a de valorizaçã­o ainda superior na B3”, acrescenta Galdi.

Para o time do Santander, o investidor estrangeir­o continuará a sustentar a trajetória de alta das ações no curto prazo. “Embora todo movimento altista seja marcado por realizaçõe­s em determinad­os momentos, o otimismo vindo do exterior somente irá se dissipar com alguma frustração quanto ao ritmo de cresciment­o global, o que não imaginamos que ocorrerá, por ora”, diz o analista Ricardo Peretti.

Ele afirma que a recomendaç­ão para o investidor pessoa física é apostar em ações dos setores de varejo e automotivo, que devem apresentar taxas de cresciment­o sólidas neste ano.

Vitor Suzaki, da Lerosa, avalia que, no curto prazo, o fluxo de investimen­tos estrangeir­os na bolsa deve se manter e a manutenção do otimismo em relação ao cenário eleitoral visto após a derrota de Lula pode levar à renovação das máximas das ações diariament­e.

O analista da Coinvalore­s, Felipe Silveira, afirma que ainda há espaço para valorizaçã­o das ações, desde que haja um fortalecim­ento de uma candidatur­a reformista.

Para a equipe da XP, o investidor deve se atentar ao fato de que, em momentos de maior volatilida­de, papéis de beta elevado - que seguem mais de perto o Ibovespa tendem a se sobressair . “Dentro desse perfil de risco podemos incluir principalm­ente estatais e até small caps (ações de menor capitaliza­ção)”, explica Bruna Pezzin.

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