O Estado de S. Paulo

Phoenix volta ao Brasil para espalhar mais amor

Após passagem por São Paulo em novembro, banda está em turnê pelo País e toca em Minas, Curitiba e Porto Alegre

- Pedro Antunes

Na noite de 15 de novembro de 2017, Thomas Mars, vocalista da banda francesa Phoenix, se jogava nos braços do público reunido no Memorial da América Latina, em São Paulo, ao fim da apresentaç­ão que encerrava as atividades do Popload Festival – que naquele ano reuniu PJ Harvey, Carne Doce, Ventre e Neon Indian. Corta para esta quinta-feira, 25, quando o mesmo Phoenix voltou ao País, desta vez para o Rio, para uma performanc­e no Circo Voador. Mars pulou na galera, foi carregado e a coisa toda? Sim. Eles focaram sua apresentaç­ão em Ti Amo, o disco mais recente, e no megassuces­so Wolfgang Amadeus Phoenix, também. Mas o show no Circo Voador atrasou, o calor e suor esquentara­m o show e a banda, empolgada, tocou mais canções do que em São Paulo. O roteiro até poderia ser o mesmo, mas o Phoenix é uma banda de palco. E o imprevisto, o incalculáv­el e o ambiente podem transforma­r essa banda volátil no palco.

Por isso, por mais curioso que seja o fato de que uma banda gringa estar de volta ao País apenas dois meses depois – algo completame­nte incomum –, uma apresentaç­ão do Phoenix não é daquelas coisas a se perder. No retorno ao País, o grupo não virá a São Paulo, única cidade da passagem de 2017. Na quinta, o grupo esteve no Rio e lá se apresentou para um abarrotado Circo Voador. A turnê segue com uma apresentaç­ão em Belo Horizonte, como principal atração internacio­nal do festival Planeta Brasil – a escalação inclui Anavitória, O Rappa, Criolo e Mano Brown –, neste sábado, 27. No dia 2 de fevereiro, sexta, o grupo toca no Ópera de Arame, como parte da programaçã­o do Popload Gig. Por fim, o grupo de Versalhes toca no Planeta Atlântida, evento que tem um bom olhar para o pop rock produzido no País. No dia 3, sábado, o Phoenix encerra a noite que tem também Pabllo Vittar, Jota Quest, Anitta, Iza, Mano Brown e Luan Santana.

“Acho que a primeira coisa que devo dizer nessa entrevista é que a gente realmente ama se apresentar no Brasil”, brinca Laurent Brancowitz, guitarrist­a e tecladista da banda. “É uma energia especial”, garante.

O fato é que o Phoenix sempre flertou com o pop, embora a voz única de Mars e as saídas improvávei­s de guitarra e teclados usadas pela banda a deixem fora do escopo do mainstream tradiciona­l. Com Wolfgang Amadeus Phoenix, de 2009, eles encontrara­m o equilíbrio perfeito entre o indie e o pop. Depois, com Bankrupt! (2013) e Ti Amo (2017), eles exploraram aspectos desse equilíbrio. “Fazemos nossas músicas pensando naquela pessoa que ouve sozinha, no quarto”, diz Brancowitz. “E percebemos a multidão não como uma massa, mas como essas muitas pessoas que nos ouviram sozinhas. É uma emoção ótima.”

O ROTEIRO PODE SER SIMILAR, MAS O PHOENIX É MUITO VOLÁTIL NO PALCO

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