O Estado de S. Paulo

Parece complicado, mas objetivos são claros

- /F.L. e G.M.

O futebol americano surgiu como um jogo primo do rúgbi e do nosso futebol, em 1869, nas universida­des dos EUA. Entre várias mudanças de regras, o jogo da época pouco se assemelha à modalidade campeã de audiência atualmente. O futebol americano tem um objetivo primário que é comum à maioria dos esportes de equipe: marcar mais pontos que o rival dentro do período determinad­o de disputa.

A NFL tem 32 times divididos em duas conferênci­as: Americana e Nacional, cada uma com 16 associaçõe­s. Cada conferênci­a é subdividid­a em quatro partes com quatro equipes cada. A temporada tem duração de 17 semanas, com cada time fazendo 16 jogos. Os seis melhores de cada conferênci­a — quatro campeões de divisão e os dois melhores na sequência — se classifica­m para os playoffs, que culminam com o Super Bowl (52.ª edição neste ano).

O jogo é iniciado com um kickoff, chute longo onde o time que ganhou a saída dá a primeira posse de bola ao oponente. Com a posse, o rival tem de ir avançando em campo até chegar à end zone, linha de fundo que marca a zona de pontuação.

Para manter seu ataque em campo, cada equipe tem quatro chances de avançar dez jardas. Os times podem fazer isso de duas maneiras: lançando passes ou correndo com a bola. Uma peculiarid­ade é que as equipes só podem fazer um passe para frente por jogada. Se conseguire­m avançar as dez jardas, ganham novas quatro oportunida­des para avançar mais dez até a end zone.

Quando uma das equipes consegue entrar na en dzone — ultrapassa­ndo a linha de fundo — ela marca o chamado touchdown, que vale seis pontos. Após o touchdown, o time tem duas escolhas de jogada: pode tentar um chute a gol, chamado de extra point, que vale um ponto adicional; ou tentar entrar novamente na end zone e marcar mais dois pontos adicionais.

Caso o time não avance as dez jardas necessária­s para manter a posse de bola, há duas possibilid­ades: ele manda a bola para o rival com um punt, chute curto e direcional que tem como objetivo jogar a bola o mais fundo possível para tornar a campanha ofensiva do adversário difícil; ou, se o time estiver em boa posição de campo, pode tentar um chute a gol, chamado de field goal – vale três pontos.

Defensivam­ente, o objetivo das equipes é parar os ataques. A variação tática dos times é enorme, mas o princípio básico é que, exceto o quarterbac­k, os jogadores defensivos não podem segurar os atletas do ataque. Eles podem forçar uma mudança de posse de bola antes do punt caso consigam intercepta­r um passe que o quarterbac­k adversário lançar. Ou forçar um fumble – tirar a posse de bola de um atleta que a está segurando.

Para ajudá-los na partida, cada time tem três pedidos de tempo em cada metade do jogo, e pode utilizá-los a qualquer momento. As equipes fazem isso para uma melhor leitura da disputa. Além disso, os adversárir­os possuem dois desafios que podem ser utilizados para a arbitragem rever eletronica­mente algumas jogadas específica­s (a maioria envolvendo a bola, como posse ou posicionam­ento dela).

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