Para professor, tarefa de inspeção não é só do síndico
Acadêmico também chama a atenção para a questão de segurança na execução dos reparos no condomínio
Especialista do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), o professor Francisco Ferreira Cardoso afirma que a responsabilidade por estar atento às condições dos prédios não é exclusiva dos síndicos.
Ele diz que para manter a estanqueidade das diferentes partes de um prédio em níveis aceitáveis de desempenho, a atuação de toda a equipe de operação e manutenção é fundamental. “Zeladores e profissionais especializados contratados, no caso de edifícios residenciais, e equipes de gerenciamento de facilidades, com profissionais e empresas de diversas especialidades, no caso de edifícios mais complexos, como hospitais, hotéis, grandes edifícios corporativos, etc, também cumprem esse papel”, afirma.
Cardoso afirma que, mesmo
considerando que todo o condomínio envelhece e se degrada, há um limite aceitável de desgaste. Infiltrações ocorrem quando a estanqueidade de lajes e fachadas
“As ações de manutenção podem ser categorizadas das mais simples para as mais complexas e custosas” Francisco Ferreira Cardoso PROFESSOR DA USP
está comprometida, seja pela ação de chuva e vento ou por problemas na própria impermeabilização.
Por isso, há a necessidade de manutenção constante. Cardoso detalha as diferenças de ações de manutenção, das mais simples para as mais custosas. “São elas: conservação preventiva, como limpar o telhado; a reparação corretiva seria algo como a troca de uma telha que quebrou; já a restauração envolve realizar um conjunto de etapas de recuperação no telhamento e sistema de calhas para que voltem a assegurar o escoamento correto das águas de chuva. Assim, por exemplo, a cobertura voltaria a funcionar como quando a construção era nova.”
Dispositivos.
Cardoso ressalta: é preciso observar a segurança das equipes responsáveis pelo serviço de manutenção, sempre respeitando as orientações do Manual do Proprietário do imóvel.
De acordo com o professor, o projeto do edifício já deve prever dispositivos que permitam o acesso das equipes responsáveis por tais atividades.
“Limpar uma fachada em pele de vidro de um empreendimento corporativo, por exemplo, exige solução diferente da adequada e segura para limpar uma fachada com janelas e varandas de um edifício residencial.”